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Educação/Vestibular
Sábado - 28 de Setembro de 2013 às 08:17
Por: JOANICE DE DEUS

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O Ministério da Educação (MEC) estuda uma reforma do ensino médio, que em Mato Grosso conta com 178 mil matriculados em escolas públicas. Entre as propostas estão mudança no currículo e aumento da carga horária. Com isso, a escola passaria a ser de tempo integral e as matérias seriam reorganizadas em torno dos eixos linguagens, matemática, ciências naturais e ciências humanas. 



Porém, como superar problemas como a evasão escolar que nesta etapa final da Educação Básica atinge o percentual de 20% no Estado? Ou como superar duas vertentes atuais do nível médio, uma delas com enfoque na formação geral considerada um degrau para o ensino superior e a outra com ênfase na capacitação profissional com ingresso imediato no mercado de trabalho? 



Na Câmara dos Deputados, uma Comissão Especial analisa o tema, que foi discutido ontem em Cuiabá. “Nós temos comprovadamente um passivo educacional no país e uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, em 1993, tirou a conclusão que nós temos 500 anos de atraso na Educação dadas as dimensões territoriais, a dificuldade de comunicação, a origem da nossa formação e que precisávamos reagir. De 1993, a Educação melhorou bem. Mas ainda é preciso melhorar muito”, avaliou o deputado Eliene Lima, relator da Comissão. 



Criada em maio do ano passado, a Comissão Especial pretende apresentar uma proposta de alteração da legislação atual sobre o ensino médio até o final deste ano. O seminário visa colher impressões e sugestões da comunidade educacional.



Segundo Lima, o país tem ainda na faixa etária de 15 a 64 anos de idade em torno de 130 milhões de brasileiros. Desses, mais de 50 milhões são considerados analfabetos funcionais, que não conseguem interpretar uma bula de remédio, não consegue pegar um prospecto e montar um ventilador ou não conseguem colocar uma máquina de cortar grama para funcionar. 



“Discute-se a questão de recursos, que é controvérsia. Nós temos países que aplicam menos do seu PIB (Produto Interno Bruto) e que tem uma educação boa. “Então, nós precisamos fazer um aprofundamento sobre que a questão na certeza que a Educação melhora tudo, traz inovação, melhoria e avanço da tecnologia e é importante para o avanço de um povo”, disse. Em termos de investimentos, estão os 75% dos royalties do petróleo e os 10% do PIB para o setor educacional. 



Secretário de Educação do Estado (Seduc), Ságuas Moraes, a reformulação tende reivindicação do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). “Em Mato Grosso, já tem experiência com o Ensino Médio Inovador, que amplia a jornada de 800 para mil horas ao ano. Mas a expectativa é que possa ter ensino médio em tempo integral porque hoje com a jornada de quatro horas é insuficiente para você garantir o ensino médio de qualidade”, reconhece. 



O secretário lembrou ainda que no Estado, 40% dos estudantes do ensino médio estudam no período noturno, ou seja, trabalha durante o dia e estudante à noite, e o rendimento é muito menor se comparado a outro aluno que tem o tempo todo para estudar. 



“Então, tempos que pensar nessa reformulação do ensino médio em como tratar o ensino noturno e, principalmente, pensar nessa ampliação de jornada”, acrescentou. 





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