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Cidades/Geral
Terça - 21 de Junho de 2011 às 14:28
Por: BRUNO GARCIA

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Servidores reclamam de falta de condições de trabalho na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá
Servidores reclamam de falta de condições de trabalho na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá

Agentes prisionais fazem um protesto, nesta terça-feira (21), após o incidente que resultou no assassinato do agente prisional Wesley da Silva Santos, 24, dentro da Penitenciária Central do Estado, a antiga Penitenciária do Pascoal Ramos, no bairro do mesmo nome, em Cuiabá.

A paralisação, inicialmente, durará 24 horas. O presídio se tornou em "barril de pólvora", em função da superlotação.

O grupo de servidores encontra-se em frente ao presídio onde aconteceu o motim. Os 35 agentes que assumiriam o plantão de hoje (21) não entraram em serviço. A informação é de que os presos estão trancados nas celas e não haverá banho de sol, enquanto os agentes não retomem a seus postos de trabalho.

O presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais, João Batista Pereira, informou que, além do protesto pela morte do companheiro de profissão, a categoria vem reivindicando condições de trabalhos, que, atualmente, não existe. "São 300 presos para cada agente prisional. Não tem condições de trabalho", desabafou.

Ele ainda ressaltou que foi entregue uma carta de reivindicações ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa. Entre outros itens, eles pedem que seja encontrada uma solução para a situação considerada alarmante quanto à superlotação dos presídios no Estado. "Isso é o mais urgente. Temos uma ala com capacidade para 80 presos, mas há 300", destacou João Batista.

O juiz da Vara de Execução Penal, Gonçalo Antunes de Barros, que esteve no presídio, se reuniu com os representantes dos presos na tarde de ontem (20), determinou a interdição parcial do Pascoal Ramos e ainda a transferência, imediata, de 400 presos.

A Penitenciária Central do Estado tem 2.100 presos, três vezes mais que a sua capacidade.

O secretário-adjunto de Administração Penitenciária, José Antônio Gomes Chaves, declarou que os riscos existem em todos os presídios e que já foi apresentado um plano de transferência dos presos da Penitenciária Central do Estado.

Quanto à reclamação dos agentes prisionais, que afirmam não ter condições para trabalhar, ele alegou que o Estado também reclama, pois "são demandas dentro da incapacidade do Estado".






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