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Internacional
Domingo - 08 de Maio de 2011 às 07:31

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O governo da Tunísia ordenou um toque de recolher no sábado, depois de três dias de protestos reprimidos à força, e demitiu uma figura influente cujos comentários sobre um possível golpe provocaram as manifestações.

Os novos problemas no país do norte da África, onde começou a maré de agitação do mundo árabe, são provenientes do medo que a administração interina renegue o seu compromisso com a democracia, depois de expulsar o presidente Zine al-Abidine Ben Ali, em janeiro.

"Agora precisamos de uma revolução depois da revolução," disse Abdoulrahim Jalouli, erguendo seu celular para mostrar fotos de policiais perseguindo jovens nas ruas perto do centro de Túnis.

"Está vendo? A polícia é a mesma de antes. Não houve nenhuma mudança", ele disse.

Os manifestantes jogaram pedras na polícia e atearam fogo em carros nas ruas próximas ao centro de Tunis. Moradores disseram que ladrões e saqueadores estavam se aproveitando do caos em partes da cidade.

Os ministros da Defesa e do Interior anunciaram um toque de recolher das 21h até as 05h (horário local) "para garantir a segurança dos cidadãos e das propriedades," de acordo com uma declaração citada pela Agência de Notícias Tunisiana.

Em outro sinal de que o governo estava tentando acalmar a raiva, o ex-ministro do interior Farhat Rajhi foi demitido do seu cargo público de chefe do Alto Comissariado dos Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais, segundo a Agência.

As manifestações começaram na quinta-feira, depois de Rajhi alertar que pessoas leais a Ben Ali poderiam tomar o poder em um golpe de estado se os islamistas ganharem as eleições marcadas para julho para elaborar uma nova constituição.





Fonte: Reuters

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