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Cidades/Geral
Quinta - 19 de Setembro de 2013 às 07:32
Por: ALECY ALVES

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Há mais de 30 anos não há diagnóstico de filariose ou elefantíase entre moradores de Mato Grosso. Isso significa que o verme nematóide Filarie, causador da doença, não está em circulação no estado. 


 
Os casos identificados aqui são importados, de outros países ou estados, explica a bióloga e professora da UFMT, Rosina Djunko, especialista em insetos. O caso mais recente é o da haitiana de 30 anos, que veio trabalhar nas obras da Copa. 


 
A imigrante teve a doença diagnosticada 8 meses depois da sua chegada em Cuiabá. Ela já está em tratamento, o que interrompe o ciclo de contágio, mas 45 pessoas que conviveram com ela estão sendo monitoradas por exames laboratoriais de amostras de sangue. 


 
A Secretaria Municipal de Saúde informou que está fazendo busca ativa, ou seja, visitando outros haitianos para que possam fazer exames e sejam acompanhados. Esta seria uma maneira de prevenir casos e oferecer tratamento na fase inicial da doença. 


 
Rosina observa que a elefantíase é transmitida pela fêmea do mosquito Culex, o popular pernilongo, presente em abundância na Capital. 


 
A transmissão ocorre principalmente no período noturno, em condição de repouso. Ao picar um doente, o mosquito que carrega o verme na glândula salivar o deposita no vaso sanguíneo. Quando a doença é descoberta e o tratamento iniciado, o paciente deixa de produzir o verme e interrompe o ciclo de contaminação. 


 
Na avaliação de Rosina Djunko, não há motivo para pânico, mas é fundamental que as medidas de prevenção e combate sejam adotadas pelos órgãos de saúde. Além de monitorar aqueles que desenvolveram a doença, tiveram contato ou moram próximo do doente, alerta, é preciso eliminar os criadouros. 


 
O ciclo de reprodução do mosquito, informa a especialista, é de cerca de 30 dias. O Culex ou pernilongo(palha, cangalhinha) é um inseto que precisa ambiente úmido, como recipiente com água e áreas sem rede de esgoto, para se desenvolver, completa. 





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