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Polícia Brasil
Segunda - 07 de Março de 2011 às 07:24

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Valmir Ventino da Silva, de 19 anos, um dos dois jovens presos por suspeita de matar um estudante da Universidade Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, e ferir outro, no mês passado está detido desde a madrugada desta segunda-feira (7) no 77º Distrito Policial, na Santa Cecília, no Centro da capital paulista, aguardando autorização da Secretaria da Administração Penitenciária para ser transferido para uma unidade prisional do estado.

Preso no sábado (5) em Cascavel, no Paraná, após operação conjunta da polícia paranaense e paulista, Valmir foi levado a Curitiba, onde, segundo policiais, confessou ter cometido os crimes em 23 de fevereiro junto com o irmão, o camelô Francisco Macedo da Silva, de 24 anos, que já está preso. Para a investigação, os dois mataram o estudante Júlio César Grimm Bakri, de 22 anos, com cinco tiros, e feriram Christopher Akiocha Tominaga, 23 anos, num bar na região central de São Paulo. O sobrevivente está internado e deverá sair do hospital ainda nesta semana.

Segundo policiais, Valmir estava sendo vigiado pela Polícia Civil dos dois estados havia uma semana. Ligações telefônicas do suspeito foram rastreadas para que os delegados e investigadores pudessem chegar até ele. O suspeito estava escondido na casa do pai de sua namorada. Ele não resistiu à prisão.
 
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Valmir chegou a São Paulo ainda no sábado, quando seguiu escoltado por policiais para o 4º Distrito Policial, na Consolação. Lá, ele teria prestado depoimento formal, mas não há informações se ele manteve a confissão dada em Curitiba. Em seguida, foi para o 77º DP, onde ficam presos provisórios a espera de uma vaga no sistema prisional.

Tanto Valmir quanto Francisco já tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça paulista dias depois dos crimes. Francisco foi detido momentos após o ataque aos alunos da FGV. Ele foi detido por porte ilegal de arma quando procurou socorro médico num hospital após ter sido baleado na perna direita. Para a polícia, o ferimento foi causado por um dos disparos efetuados contra Júlio César e Christopher. A bala teria ricocheteado e atingido a perna do suspeito. Valmir está detido na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Caso solucionado
Para a polícia paulista o caso está solucionado: as vítimas foram mortas por vingança motivada por ciúmes. Na versão policial, Valmir se irritou com os universitários porque eles teriam paquerado sua namorada, Jéssica, e o xingado num bar perto da FGV. Os irmãos Valmir e Francisco vão responder por homicídio e tentativa de homicídio.

Imagens gravadas por câmeras de segurança de prédios vizinhos ao bar e de um hospital na Zona Leste são consideradas provas da participação dos suspeitos nos crimes. Além disso, policiais também têm a confissão de Francisco gravada em vídeo, enquanto ele estava detido num hospital.

Cenas mostram dois homens com capacetes e armados descendo de uma moto e atirando contra os alunos da FGV dentro do bar. Em seguida, a dupla foge, um dos criminosos sai mancando.

Os irmãos aparecem depois em outras cenas, chegando ao pronto socorro do Hospital da Vila Alpina. Francisco vai embora depois de deixar Valmir ferido na perna numa cadeira de rodas com enfermeiros. Foi lá que a polícia gravou o seu depoimento confessando os crimes.

Em entrevista coletiva dada na noite de domingo, o delegado Paulo Afonso Tucci, titular do 4º DP, afirmou que Valmir confessou o crime e atirou nas vítimas após um desentendimento. Ele diz que o suspeito confirmou que efetuou os disparou porque os universitários teriam feito gestos de menosprezo e o chamado de otário no bar da capital paulista. “O caso está inteiramente solucionado. Ele fala que teve uma certa discussão, não verbal, mas aquela coisa de encarar”, disse Tucci.

Valmir saiu da prisão há oito meses. Ele havia sido condenado por roubo e por furto de cargas. Francisco não tinha passagens.

As armas utilizadas no crime, uma pistola e um revólver não foram encontradas. “Valmir disse que jogou no Rio Tamanduateí, quando estava indo levar o irmão para o hospital”, afirmou o delegado Ricardo Prezia, também do 4º DP.

Outro lado
Procurado no domingo para comentar o assunto, o advogado dos irmãos suspeitos do atentado contra os alunos da FGV, Getúlio Serpa, afirmou que irá entrar com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo para que o decreto de prisão contra seus clientes seja anulado e eles possam responder ao crime em liberdade. “Eles são inocentes das acusações. Não cometerem esses crimes”, disse Serpa.





Fonte: Do G1

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