Justiça apresenta 49 acusações contra Loughner por tiroteio no Arizona

Um júri federal formulou 49 acusações contra Jared Lee Loughner em relação ao tiroteio de janeiro no Arizona, entre eles pelo assassinato de um juiz federal e de um assessor do Congresso, informou nesta sexta-feira o Departamento de Justiça.

O tiroteio de 8 de janeiro deixou seis mortos e 13 feridos, entre eles a legisladora democrata do Arizona, Gabrielle Giffords, que atravessa um longo processo de reabilitação em Houston (Texas).

O tiroteio ocorreu enquanto Gabrielle participava de um evento com eleitores organizado por seu escritório.

Em comunicado, a agência federal disse que Loughner comparecerá perante um tribunal em Tucson (Arizona) para ser informado das 46 novas acusações em 9 de março.

Loughner, de 22 anos, enfrenta acusações federais pela morte do juiz John M. Roll e de Gabriel M. Zimmerman, que trabalhava no escritório de Gabrielle como diretor de assuntos comunitários.

Também afrontará acusações por causar a morte de pessoas que participavam de um ato organizado por autoridades federais, entre elas a de uma menor de idade identificada nos documentos judiciais como "C-T G".

Estas iniciais correspondem a Christina Taylor Green, a menina de nove anos que foi à reunião da congressista acompanhada de uma vizinha.

Com a apresentação de 46 acusações adicionais - em janeiro foram apresentadas três -, as autoridades judiciais argumentam que o incidente ocorreu sob proteção federal, tal como se tivesse ocorrido no Congresso.

"Este foi um ataque contra a congressista Gabrille, seus eleitores e seu pessoal", explicou no comunicado o promotor Dennis K. Burke.

"Buscaremos fazer justiça para os funcionários federais, o juiz Roll" e as demais vítimas, acrescentou.

Dorothy J. Morris, Phyllis C. Schneck, Dorwan C. Stoddard, e "C-T G", foram assassinados enquanto exerciam o direito de se reunir "livre e abertamente com seus representantes no Congresso", assinalou.

Segundo Burke, as acusações divulgados nesta sexta-feira pode acarretar pena de morte caso Loughner seja declarado culpado, e o Departamento de Justiça realizará um "processo deliberado e exaustivo" no caso.

As acusações reiteram o argumento de que Loughner tentou assassinar Gabrielle, que recebeu um tiro na cabeça, e tentou matar dois de seus funcionários federais, indica o comunicado.

Loughner se encontra sob custódia federal desde 8 de janeiro e o Departamento de Justiça indicou que a promotoria do condado de Pima pensa em executar todas as acusações contra o suspeito.