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Cidades/Geral
Sexta - 04 de Março de 2011 às 15:12

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 Enquanto o secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, visitava o Hospital Santa Helena para anunciar o repasse de R$ 2 milhões à unidade para a criação de 60 leitos, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) anunciou a greve geral da categoria em Mato Grosso para quinta feira, 10 de março. A proposta é paralisar boa parte do atendimento nos hospitais regionais instalados nas cidades de Sorriso, Colíder, Cáceres e Rondonópolis em protesto ao novo modelo de gestão que terceiriza a administração das unidades.

 Ao todo, 600 médicos que trabalham nestas unidades deverão cruzar os braços. A greve foi aprovada durante assembleia do Sindimed, no dia 1º. O secretário Pedro Henry declarou que considera a greve ilegal e disse ainda que a decisão é um “radicalismo doentio e uma idiotice do Sindimed”, e adiantou que a greve não vai intimidá-lo.

 Junto ao governador Silval Barbosa, que também estava no local, Henry afirmou que a decisão da contratação de organizações sociais é uma decisão de governo e descartou negociações.

 “Esse novo modelo não fui eu que inventei”, alegou Henry, ao citar outros estados, como São Paulo, que adotaram esse tipo de sistema. O presidente do Sindimed, Edinaldo Lemos, informou que se não houver diálogo entre a secretaria e os médicos a paralisação irá acontecer. “Só não será imediata porque precisamos passar primeiro pelo carnaval, quando há muitos atendimentos. Toda a categoria é contra esse modelo”, informou.

 Conforme Edinaldo, os médicos cobram também melhores condições de trabalhos nos hospitais públicos, que, segundo ele, estão sucateados. “Há falta até mesmo de luvas e remédios nos hospitais, o que torna o trabalho inviável. Queremos resolver essa situação. Não acredito que falte dinheiro para estes materiais básicos. É falta de vontade adquirir os materiais e colocar à disposição da população”, afirma.

 Pedro Henry argumenta que Mato Grosso irá economizar com a nova gestão. Já o Sindimed garante que a terceirização é o sucateamento do serviço público, que não prioriza concursados e significa um retrocesso em 60 anos nos diretos trabalhistas. O Sindimed afirma que, com a aprovação da greve, o Estado não terá médicos que aceitem trabalhar neste modelo de gestão. Sobre a reivindicação de realização de concursos públicos, o titular da pasta informou que é inviável no momento, pois o orçamento da secretaria já está no limite e Mato Grosso já está no “limite constitucional de contratações”, afirmou.






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