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Internacional
Sexta - 04 de Março de 2011 às 14:18

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Randy Beaudoin/AFP
Carenagem de proteção que o recobria o satélite não se destacou totalmente do foguete
Carenagem de proteção que o recobria o satélite não se destacou totalmente do foguete

Um satélite da Nasa, o Glory, destinado a estudar o clima terrestre, caiu nesta sexta-feira no Pacífico pouco depois do lançamento - dando um prejuízo de R$ 697 milhões (US$ 424 milhões) à agência espacial americana.

O satélite mostrou-se muito pesado para entrar em órbita, levado pelo foguete Taurus-XL, caindo no Pacífico às 7h09 (horário de Brasília). "Estamos muito abatidos", declarou à imprensa Ron Grabe, vice-presidente da Orbital Sciences, construtora do foguete e do satélite.

Em entrevista à imprensa, os dirigentes da Nasa e o construtor explicaram que "não registraram nenhuma anomalia" antes do lançamento, o que foi confirmado pelo diretor de lançamentos da Nasa, Omar Baez.

O satélite chegou a se separar do foguete, mas a carenagem, de proteção, em forma de cone, que o recobria, não se destacou completamente, fazendo com que se tornasse muito pesado e caísse na atmosfera.

A Nasa vai nomear uma comissão de investigação para determinar as causas do incidente. O lançamento já havia sido adiado duas vezes desde a data inicial de 23 de fevereiro, após um problema de controle.

É o segundo fracasso em dois anos da empresa Orbital Sciences no lançamento de um satélite destinado a estudar o clima. Em fevereiro de 2009, um satélite que deveria permitir as emissões de dióxido de carbono (CO2) caiu, também, no oceano, perto da Antártica. Nesse caso, também, o casco protetor permaneceu colado ao satélite, causando sua queda. Mas o fabricante preferiu não fazer uma comparação.

"Não há ainda dados disponíveis para ir mais longe", declarou o diretor-geral adjunto da Orbital, Rick Straka. O vice-presidente da empresa Ron Grabe explicou que, desde o fracasso de 2009, o sistema elétrico havia sido substituído e que três lançamentos puderam ser realizados com sucesso.

- Estávamos, então, confiantes, e pensávamos ter solucionado o problema.

O Glory estava equipado com dois novos instrumentos projetados para estudar alguns elementos mais complexos do sistema climático terrestre.

O primeiro é o Aerosol Polarimetry Sensor, que vai estudar como os aerossóis podem influenciar o clima, absorvendo ou refletindo os raios solares e também modificando as nuvens e as precipitações. O segundo é o Irradiance Monitor, que mede a energia solar absorvida pela Terra.


Além do Glory, o foguete Taurus-XL transportava os primeiros nanossatélites de um programa de educação da Nasa, chamados CubeSats e criados por estudantes universitários.

O Glory deveria se somar a uma frota de satélites de observação da Terra chamada "Afternoon Constellation" ou "A-train".





Fonte: AFP

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