Repórter News - reporternews.com.br
Sexta - 04 de Março de 2011 às 13:10

    Imprimir


O cofundador do Pirate Bay Peter Sunde, 32, afirmou nesta sexta-feira (4) que em 2009 ouviu do ex-presidente Lula que poderia ficar no Brasil se tivesse problemas com a Justiça, já que o país não possui tratado de extradição com a Suécia. Sunde foi condenado em setembro do ano passado a oito meses de prisão e recorre em liberdade.

Membro do Partido Pirata europeu, o sueco revelou o suposto convite durante uma apresentação na maior feira de tecnologia do mundo, a Cebit, em Hannover, na Alemanha.

Na palestra em que narrou os percalços de um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos da web, Sunde aproveitou para prestar uma homenagem ao político brasileiro e mostrou uma foto de Lula em um telão.

"Esse é o presidente Lula da Silva, do Brasil, ele é um cara bem legal. Ele disse que eu poderia ir [para o Brasil] quando estivesse com problemas. "Peter, nós não temos tratado de extradição com a Suécia", ele me disse, e desde então eu amo o Brasil", narrou o sueco, arrancando risadas da plateia.

Os dois se encontraram durante o 10º Fisl (Fórum Internacional do Software Livre), em Porto Alegre, em junho de 2009.

A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa da Presidência e do Itamarati, que não se pronunciaram sobre o suposto convite até a publicação deste texto.

PIRATA

Fundado em 2003, o Pirate Bay viabiliza a troca de conteúdo, protegido por direitos autorais ou não, usando a tecnologia de torrent (em que partes do arquivo podem ser acessadas por outros internautas assim que são baixadas para o computador de cada usuário).

Entretanto, nenhum dos materiais é encontrado nos servidores do site, que tem mais de 22 milhões de usuários no mundo, segundo seus administradores.

No fim do ano passado, uma corte de apelação sueca reafirmou um veredicto contrário aos três criadores do site. O julgamento sentenciou Fredrik Nej, Peter Sunde e Carl Lundstrom a dez, oito e quatro meses de prisão, respectivamente. Em 2009, todos haviam sido condenados a um ano de prisão. Mesmo com a decisão, o site se mantém no ar --seus servidores estão hospedados nas ilhas Seychelles.

O trio recorre em liberdade e o caso deve ir para a Suprema Corte Sueca.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/100139/visualizar/