Cadeirante faz performance na "pipoca" em Salvador
Percorrer os seis dias do circuito Barra-Ondina do Carnaval de salvador em uma cadeira de rodas é o objetivo do baiano Antonio, 32 anos, vítima de paralisia infantil no primeiro ano de vida. A preparação é feita com duas horas diárias de academia, para fortalecer os músculos dos braços. Entre um bloco e outro, ele faz uma apresentação performática em troca de gorjeta. E assim garante o seu sustento.
Morador do Entroncamento de Jaguaquara, ele diz que viaja o nordeste nas festas locais para fazer as suas apresentações. Numa dessas viagens, para São Luís, no Maranhão, conheceu a namorada com quem pretende se casar brevemente, após cerca de seis anos de romance.
"Não é uma rotina fácil, mas foi uma forma que eu consegui para me exercitar. Chego a fazer apresentações de duas horas e muita gente que já me viu alguma vez, sempre vem conversar um pouco, saber o que aconteceu comigo", diz.
Antonio diz que tem um veículo adaptado e nele viaja para os trajetos mais curtos. Para os mais longos, utiliza ônibus e em alguns casos, avião.
"Sempre que tenho oportunidade, gosto de me apresentar em um lugar diferente. As pessoas que assistem a minha apresentação ficam impressionadas com o que consigo fazer, ainda que eu esteja em uma condição desfavorável. E para mim é um prazer ter esse contato direto com elas", afirma.
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