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Cidades/Geral
Terça - 10 de Setembro de 2013 às 15:25

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Durante a segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel, esta manhã, um fato ficou em evidência, os investimentos em infraestrutura não são feitos pelas operadoras porque as empresas preferem continuar pagando indenizações em casos de processo. Isso seria mais lucrativo e surtiria efeito paliativo para o problema.


 
Segundo o presidente da comissão, deputado estadual Ondanir Bortolini, o "Nininho" (PR), esse procedimento é muito cômodo para as operadoras, uma vez que o valor cobrado por cada cliente ultrapassa, em muito, o valor pago em indenizações. "Temos que fazer o levantamento desses números, uma vez que é inadmissível esse tipo procedimento por parte dessas empresas".


 
A CPI recebeu representantes da Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso (OAB-MT). Estiveram presentes os advogados Felipe Amorim Reis, Eduardo Stefanes Santamaria, Darius Canavarros Palma, além do promotor de justiça da 6ª Promotoria de Justiça Cível, Ezequiel Borges de Campos.


 
Eduardo Stefanes Santamaria é vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-MT e afirmou que a instituição irá auxiliar a CPI com estudos aprofundados em serviços de telefonia móvel e que, ao final, será elaborado um relatório que deverá ser entregue à Comissão no prazo de, no máximo, dois meses. "Estamos distantes do que é correto, justo e ideal para o consumidor", ressalta Santamaria.


 
Ezequiel Campos relatou um dos casos, que chegou à Promotoria de Justiça, em que o consumidor gravou a ligação para o call center de uma operadora de telefonia móvel. A ligação durou cerca de uma hora e quarenta minutos, para ao final desligarem sem resolver a solicitação do cliente. "Isso prova a total falta de respeito com o consumidor", diz Campos.


 
Para a próxima reunião, que acontecerá dia 24/09, às 10h, a CPI irá convidar a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, além de um membro da Procuradoria da República em Mato Grosso para esclarecer questões a respeito de conflitos de competência.


 
A CPI irá percorrer as cidades pólo de Mato Grosso para fazer o levantamento das reivindicações e os problemas enfrentados pelos consumidores de cada município. As cidades percorridas serão Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Tangará da Serra, Pontes e Lacerda, Juína, Sinop, Sorriso, Alta Floresta, Primavera do Leste e Barra do Garças, além da capital, Cuiabá.





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