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TJ-RS adia decisão sobre liberdade para atropelador de ciclistas
Neis foi preso na quarta-feira (2) em um hospital psiquiátrico de Porto Alegre, onde está internado. Médicos dizem que ele sofre de depressão profunda e corre risco de suicídio.
A assessoria do órgão informou que a decisão foi tomada porque o autor do pedido, o estudante e estagiário da Defensoria Pública Antônio Goya Martins Costa, não tem interesse direto no caso. Além disso, Sanguiné destacou que é "fato notório" que o investigado possui defesa e que seus advogados já declararam a intenção de entrar com um pedido de habeas corpus.
Para o desembargador, segundo a assessoria, Neis poderia ser prejudicado pela análise deste pedido. Segundo a jurisprudência, caso ele fosse negado, um eventual segundo pedido de habeas corpus, feito pelos advogados e provavelmente mais embasado, não poderia ser analisado, porque a questão já teria sido discutida.
O advogado de Neis, Jair Junco, afirmou que deve entrar com o pedido na sexta-feira (4).
ATROPELAMENTO
Vídeos que flagram o momento do atropelamento, que feriu pelo menos 16 pessoas, são a principal evidência contra o motorista. "Pelas imagens, ele fez uso do automóvel como arma, foi isso o que nos levou a pedir a prisão preventiva", afirmou o delegado Gilberto Montenegro, que fez o pedido de prisão à Justiça.
Segundo ele, o número de vítimas pode chegar a 40 se forem contabilizadas, além dos atropelamentos pelo carro, as pessoas que se feriram com os choques entre as bicicletas.
O caso provocou comoção na cidade porque os ciclistas atropelados integram um grupo que defende o uso de bicicletas no trânsito. Na terça-feira uma multidão estimada entre 1.500 e 2.000 pessoas --segundo cálculos da Brigada Militar e da organização-- realizou um protesto pelas ruas do centro de Porto Alegre.
Na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, onde os ciclistas foram feridos, os manifestantes se deitaram no chão e, aos gritos, chamaram Neis de assassino.
DEFESA
O bancário afirmou em depoimento à polícia que acelerou contra os ciclistas para evitar um suposto "linchamento". Neis afirmou que estava abalado e não conseguia dormir.
O advogado Jair Antônio Jonco, que representa Neis, alegou que, embora já fosse esperado pela defesa, o pedido de prisão é injusto porque o bancário tem residência e trabalhos fixos e se apresentou espontaneamente à polícia para prestar esclarecimentos.
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