CPI da região serrana ouve autoridades sobre deslizamentos
A CPI da região serrana, instalada na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) começou hoje a ouvir autoridades sobre os deslizamentos e cheias de rios que aconteceram em janeiro provocando a morte de mais de 900 pessoas.
O presidente do DRM (Departamento de Recursos Minerais), Flávio Erthal, disse na audiência que a tragédia modificou o critério do que é considerado área de risco no país. Segundo ele, as áreas rurais também devem ser analisadas com a mesma atenção que as urbanas.
"O Ministério das Cidades financia mapeamento de risco nas cidades. Os deslizamentos [de janeiro] aconteceram em áreas rurais. Esses conceitos terão que ser repensados. É uma discussão nacional".
Erthal disse que o DRM já concluiu o mapeamento das áreas de risco potencial em oito municípios e deve concluir até outubro em outras 22 cidades.
ACORDO
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Defensoria Pública do Rio, a Prefeitura de Nova Friburgo e as concessionárias Águas de Nova Friburgo e Energisa S/A assinaram hoje um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para suspender o fornecimento de água e energia elétrica nos imóveis interditados ou marcados para demolição.
O objetivo é forçar as famílias a abandonarem as casas em área de risco. Algumas permanecem no local mesmo após serem notificadas pela Defesa Civil municipal sobre a ameaça.
NOVAS MORTES
Nesta semana, novas chuvas voltaram a provocar morte em Petrópolis, cidade mais populosa da região serrana e que também foi atingida pelos temporais de janeiro. Um homem de idade não divulgada morreu no bairro de Corrêas.
Segundo a Defesa Civil Municipal, a vítima foi arrastada pela correnteza provocada pela força das águas, que fizeram transbordar o rio Piabanhas. O corpo da vítima foi encontrado após as águas baixarem. A vítima, de acordo com informações do IML municipal, ainda não foi identificada.
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