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Internacional
Quinta - 03 de Março de 2011 às 16:46

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A França e o Reino Unido disseram nesta quinta-feira ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, que se os ataques contra cidadãos de seu país continuarem farão pressão pela imposição de uma zona de exclusão aérea.

O aviso foi emitido após discussões em Paris entre o ministro de Relações Exterior francês, Alain Juppé, e seu colega britânico, William Hague.

Reino Unido e França querem que Gaddafi renuncie e estão trabalhando sobre propostas "ousadas e ambiciosas" a serem apresentadas a uma reunião de líderes da União Europeia, na próxima semana, para discutir a intensificação da pressão sobre a Líbia, disseram os dois ministros a repórteres.

Na segunda-feira (28), Londres e Paris convocaram uma reunião de líderes da UE para discutir a Líbia. A cúpula foi marcada para 11 de março.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que seu país "estuda planos" para a declaração de uma zona de exclusão aérea militar.

O chanceler francês, Juppé, afirmou que essa opção "pode e deve ser considerada", mas apenas se tiver o endosso de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU.

IRAQUE

Qualquer envolvimento militar estrangeiro em países árabes é uma questão delicada para países ocidentais devido à invasão liderada pelos EUA, em 2003, que afastou o ex-ditador Saddam Hussein do poder e submeteu o país a anos de violência.

"A França não pensa que, nas circunstâncias atuais, uma intervenção militar ou forças da Otan seriam bem-vindas no sul do Mediterrâneo, podendo ser contraproducente", disse Juppé.

"Isto dito, em vista das ameaças do coronel Gaddafi, precisamos estar em condições de reagir, e é por isso que concordamos com planos de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia", acrescentou.

Autoridades dos EUA dizem que "não excluem nenhuma possibilidade", mas a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou nesta semana que uma zona de exclusão aérea não constitui uma prioridade imediata.

O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, destacou o que está implícito na criação de uma zona de exclusão aérea quando disse, ontem, que tal iniciativa "começaria com um ataque à Líbia para destruir as defesas aéreas".





Fonte: Reuters

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