O pedido foi apresentado em representação do Executivo pelo advogado geral do Estado, Joaquín de Fuentes Bardají, quem disse em declarações aos jornalistas que a rejeição à violência incluída no estatuto do novo partido não significa que tenha se desvinculado realmente da ETA.
Assinalou que o grupo terrorista e seu ilegalizado braço político, Batasuna, "utilizam taticamente o Sortu como meio para se apresentar as eleições" e retornar às instituições locais no País Basco por meio do pleito municipal previstos para 22 de maio.
O Governo pediu a proibição do novo partido, apresentada em 9 de fevereiro, após concluir que é sucessor de Batasuna, ilegalizada em 2003 pela Justiça espanhola por seus vínculos com a ETA.
Posteriormente, outros partidos da esquerda independentista basca foram ilegalizados pela Corte Suprema e o Tribunal Constitucional considerarem sucessores de Batasuna.
No caso do recém-criado Sortu, os serviços jurídicos do Estado elaboraram o pedido para que não seja aceito como partido, após examinar os relatórios emitidos pelas forças de segurança, que concluem que Sortu não é mais do que um instrumento de Batasuna "a serviço da ETA".
A ilegalização de Batasuna e de suas sucessivas formações impede que estas forças possam concorrer às eleições na Espanha, por isso que o novo partido procura com sua inscrição concorrer ao pleito municipal.
Desde 2002 na Espanha está vigente a Lei de Partidos políticos que prevê a proibição de legendas que apóiem ou amparem o terrorismo.
Na apresentação de Sortu, os promotores anunciaram que no estatuto consta a rejeição "ao uso da violência ou ameaça de sua utilização para a consecução de objetivos políticos, incluindo a violência da ETA se a houvesse, em qualquer de suas manifestações".
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