As autoridades dos EUA e da Alemanha investigam com urgência se há planos para novos ataques contra militares norte-americanos no país, segundo relatos da imprensa.
"Nos Estados Unidos existem temores de que o homem poderia ser parte de uma célula terrorista, e que haja a ameaça de novos ataques contra alvos dos EUA na Alemanha", escreveu a revista Der Spiegel.
A polícia prendeu o atirador, identificado como um kosovar de 21 anos. "Há suspeita de que os assassinatos possam ter sido motivados pelo islamismo", disseram os promotores em nota.
A imprensa relatou que o homem gritava "Allahu Akbar" ("Deus é grande") no momento dos disparos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na quarta-feira que ficou indignado com o ataque. O governo de Kosovo condenou o atentado, e o Parlamento local observou um minuto de silêncio.
Os Estados Unidos têm tropas em Kosovo desde 1999, quando bombardeios da Otan expulsaram as forças sérvias dessa região, de maioria albanesa. Os soldados norte-americanos atualmente ajudam a preservar a tênue paz que vigora no território desde que Kosovo se declarou independente da Sérvia, em 2008.
Na noite de quarta-feira, várias pessoas acenderam velas na capital de Kosovo, Pristina, e em Mitrovica, suposta cidade de origem do agressor. Jornais de Kosovo disseram que o ataque abala a reputação do país.
A embaixada dos EUA em Pristina, no entanto, afirmou que "o ato de um único indivíduo em nada prejudica a amizade profunda e duradoura" entre os dois países"
A Força Aérea dos EUA informou que o ônibus atacado em Frankfurt transportava soldados que servem na Grã-Bretanha e estavam a caminho do Afeganistão.
(Reportagem de Tilman Blasshofer e Maria Sheahan em Frankfurt, Sarah Marsh em Berlim, Fatos Bytyci em Pristina)
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