Madeireiros presos pela PF continuam na cadeia pública de Juína
Continuam presos na cadeia pública de Juína, os 6 madeireiros presos em novembro passado pela Polícia Federal durante a operação “Fariseus” realizada em Juína, noroeste de Mato Grosso.
A operação da Polícia Federal de Mato Grosso foi em conjunto com o Ibama, Força Nacional e Funai, e teve como objetivo reprimir crimes ambientais na região de Juína (737 quilômetros de Cuiabá). A operação é de combate à extração ilegal e comercialização de madeiras extraídas da terra indígena Serra Morena.
Na época participaram da ação, 140 policiais que cumpriram 10 mandados de prisão, dois de condução coercitiva e 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal. Também foram apreendidos documentos, caminhões, pás carregadeiras, escavadeiras e reboques.
Após os cumprimentos dos mandados, os presos foram levados para a sede do IBAMA em Juína, ouvidos e encaminhados para a unidade prisional do município. A PF não divulgou os nomes dos presos, mas pelo menos três homens são irmãos e membros de uma família tradicional do município.
Quatro ainda pessoas estão foragidas, entre elas um homem que é acusado de estupro a uma índia de apenas 11 anos de idade.
Na tarde desta terça-feira (01.03) nossa reportagem procurou o advogado de 5 dos madeireiros presos, mas ele não quis gravar entrevista. Em uma nota, o advogado Evaldo Gusmão da Rosa, informou que a ação penal está, ainda, no nascedouro, e que medidas foram adotadas, impetrando-se habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1º região, que restou, no entanto, improvido.
No instante, aguardam pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça, no habeas corpus impetrado contra a decisão do Tribunal de Justiça Regional Federal, que poderá ser pronunciada dentro das próximas 48 horas. Além disso, estão aguardando exame dos pedidos de revogação de prisão preventiva, que foram formulados junto ao juízo da 5º vara federal.
O advogado diz, que além da adoção destas medidas, pelas quais buscam recuperar o direito de liberdade, os madeireiros que se encontram presos cautelarmente na cadeia publica de Juína, pensam em adotar medidas que levem a questão a corte suprema, já que entendem que a prisão cautelar lhes imposta, é ilegal.
Os empresários madeireiros estão juntos com os demais presos na cadeia do município. A prisão já dura mais de 60 dias.
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