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Internacional
Quarta - 02 de Março de 2011 às 09:46

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Em meio a dezenas jornalistas do mundo inteiro, o Terra conseguiu questionar o ex-chefe de protocolo do ditador líbio Muammar Kadafi por mais de 35 anos, Nouri El Mismari, sobre o papel que os líderes de países emergentes, como o Brasil, poderiam desempenhar durante a crise na Líbia. Instantes antes, El Mismari havia declarado, durante uma coletiva de imprensa para a imprensa estrangeira em Paris, França, que estava "muito decepcionado" com a inércia dos parceiros da União Africana, afirmando que o povo líbio se sentia da mesma forma, "desapontado" com os outros países africanos. "Estou com vergonha da União Africana, que não disse uma palavra até agora sobre o que está acontecendo conosco", lamentou.

O senhor está decepcionado com a União Africana e acha que ela poderia ter um papel mais importante nesta crise na Líbia. Este sentimento também se revela em relação às lideranças emergentes, como o Brasil? Os países emergentes deveriam ao menos se exprimir sobre o que está acontecendo?
Há um silêncio. (pausa) É verdade.

Quando recebido por Kadafi, o presidente Lula se referiu a ele como "amigo", "irmão". Você acha que, agora, Lula ou a presidência de países como o Brasil poderiam tentar fazer alguma coisa, já que só temos visto a União Europeia e os Estados unidos se manifestarem com firmeza sobre este assunto?
O que o presidente Lula poderia fazer? Telefonar para o Kadafi e tentar convencê-lo de deixar o poder? Não sei. Mas vou dizer a verdade: o primeiro a falar, na União Europeia, foi o presidente Sarkozy. Os outros ficaram calados, não diziam nada. Acho que foi a iniciativa do presidente Sarkozy que fez a Europa se mexer. E o último dos últimos foram os italianos, o que eu lamento. Mas graças a Deus que eles fizeram alguma coisa, mesmo se foi com atraso.





Fonte: Terra

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