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Economia
Terça - 01 de Março de 2011 às 18:39

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Secom-MT
Secretário da Casa Civil Eder Moraes recebe o segmento da agropecuária do governo
Secretário da Casa Civil Eder Moraes recebe o segmento da agropecuária do governo

Combater a proliferação de abates irregulares ou clandestinos na atividade frigorífica é meta do Governo do Estado para garantir a qualidade da carne na mesa do consumidor e coibir a atividade irregular em frigoríficos no Estado de Mato Grosso. Para tanto, o secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, anunciou nessa segunda-feira (28.02) a criação de uma força tarefa para essa ação. “O governo será implacável no combate aos frigoríficos irregulares ou com atividades clandestinas. Trata-se de uma questão de saúde pública e de sanidade animal”, afirmou o secretário.

Moraes destacou também que este trabalho será feito em parceira com os órgãos públicos para lacrar e acabar com a atividade clandestina no Estado. “O cerco será fechado também nos pontos de comercialização de varejo ou atacado que estão adquirindo esses produtos sem selo de qualidade ou inspeção”, informou o secretário-chefe da Casa Civil.

Os órgãos públicos que serão parceiros desta ação, são eles, a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) por meio do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Secretaria de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Saúde, Polícia Militar, Ministério da Agricultura e outros.

Segundo Eder Moraes, estima-se que cerca de 2,5 milhões de cabeças por ano são abatidas de forma criminosa colocando em risco a saúde pública das pessoas consumidoras e dos próprios rebanhos espalhados pelo Estado. “Além disso, prejudica frontalmente a economia do Estado, por causa do aumento da capacidade ociosa dos frigoríficos regulares”, acrescentou o secretário.

FORÇA TAREFA

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel PM Osmar Lino Farias, destacou a atuação da Polícia Militar nesta força tarefa do Governo do Estado. “Os dados dos abates clandestinos e a condição de como a carne chega ao consumidor sem procedência nos preocupam, por isso, não vamos mais tolerar esta situação e vamos trabalhar com muito rigor”, disse Farias.

Segundo o presidente do Indea, Valney Souza Corrêa, o governo irá trabalhar de forma rígida, prezando pela saúde da população. “Os animais abatidos de forma irregular representam ameaça para a saúde do cidadão, pois a carne passa muito rapidamente do estado de rigidez cadavérica para o estado de putrefação”, esclareceu Corrêa.

De acordo com especialista na área de vigilância sanitária, as doenças mais comuns, as quais a população está exposta com a carne clandestina, destacam-se a brucelose, salmonela, cisticercose e até a tuberculose.

Na oportunidade, o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, ressaltou que Mato Grosso é o estado com o maior rebanho bovino do Brasil com mais de 27 milhões de cabeças de gado e que esta ação é fundamental para acabar com os abates irregulares que prejudicam tanto o animal como o consumidor final. “Mato Grosso é exemplo de produção e não podemos mais permitir que os clandestinos atuem”, afirmou.

DENÚNCIA

Para o bom funcionamento desta força tarefa é preciso também que a população denuncie o abate clandestino em feiras, frigoríficos, entre outros. A denúncia pode ser feita pelo 0800 647 0515 ou 0800 647 1520, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.






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