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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 01 de Março de 2011 às 16:32

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A presidente argentina, Cristina Kirchner, não resolveu nesta terça-feira a incógnita sobre sua reeleição durante seu discurso de abertura do novo curso legislativo, o último de seu atual mandato, no qual falou sobre as conquistas de seu Governo e anunciou melhoras sociais.

Durante uma hora e meia de discurso, Cristina ratificou seu compromisso com o legado de seu falecido marido, Néstor Kirchner, antecessor na Presidência, apelou à responsabilidade dos sindicatos para evitar o colapso e pediu mais ações ao Parlamento.

Dezenas de convidados pró-Kirchner receberam a presidente no interior do Congresso e interromperam o discurso em algumas ocasiões com palmas e exclamações em favor do Governo e em memória a Néstor Kirchner, enquanto centenas lotaram os arredores da sede parlamentar para expressar apoio à líder.

A presidente, que surpreendeu governistas e opositores ao saudar o vice-presidente, Julio Cobos - inimigo acérrimo do casal Kirchner -, aproveitou a sessão para abordar a polêmica aberta sobre um suposto plano dos Kirchner de reformar a Constituição e habilitar assim um eventual terceiro mandato para Cristina em 2015.

"Se não obtive uma minoria simples para uma norma que tiveram todos os presidentes argentinos (a lei de orçamento), a quem ocorre a da reforma constitucional?", perguntou-se a governante, clara favorita nas pesquisas para as eleições presidenciais de outubro deste ano.

"Alguém me ouviu dizer que vou concorrer à reeleição em 2011? Acho que o que estão realmente tentando fazer é o que sempre fizeram, campanhas difamatórias", acrescentou Cristina, que atribuiu o debate à imprensa opositora, quando na realidade foi a deputada governista Diana Conti quem levantou o assunto na segunda-feira.

Durante seu discurso, a presidente também abordou um dos temas que provoca o desgaste do Governo: os protestos sindicais que vêm paralisando as cidades.

A presidente pediu responsabilidade por parte dos sindicatos para evitar que "prejudiquem outros trabalhadores" em sua tentativa de conseguir melhoras trabalhistas.

"Como militantes políticos, criticamos práticas monopólicas de alguns setores empresariais, mas muitas vezes no setor dos trabalhadores sindicalizados também há abusos de suas posições monopólicas", exclamou Cristina.





Fonte: Reuters

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