PF faz maior apreensão de pasta base de cocaína em Pernambuco
A Polícia Federal prendeu na tarde de segunda-feira, no trevo de Ibó (PE) da BR-116, três homens que transportavam em um caminhão 43,6 kg de pasta base de cocaína escondidos em uma carga de peças de roupa. De acordo com a PF, esta é a maior apreensão do entorpecente já feita no Estado.
Márcio Carlos Gomes Dutra, 32 anos, Alissandro Monteiro dos Santos ("Galego"), 25 anos, e João Bosco Medeiros de Araújo, 34 anos, foram presos por volta das 14h, durante barreiras policiais de rotina feitas semanalmente no local, no município pernambucano de Belém do São Francisco, no limite com a Bahia. Em uma das abordagens, os policiais abordaram um caminhão Mercedes-Benz, com placas de Brejo do Cruz (PB).
Após solicitarem a nota fiscal das mercadorias (roupas, lençóis, colchas, toalhas e meias), os policiais detectaram que elas não portavam carimbo de passagem nos postos fiscais. Além disso, as notas declaravam quantidade de mercadorias inferior à encontrada no caminhão. Assim, os três suspeitos foram levados para a delegacia de Salgueiro (PE) para averiguação de possível crime tributário.
Na delegacia, os policiais fizeram buscas no interior do veículo, com a ajuda de um cão farejador da Polícia Militar (PM). Após a abertura de vários fardos de roupas, a PF encontrou 43 tabletes de pasta base de cocaína enrolados em panos e bexigas plásticas. Os três suspeitos receberam voz de prisão em flagrante e foram autuados por tráfico de entorpecentes e associação com o agravante de o crime ter sido cometido em mais de um Estado. Caso seja condenado, o trio pode pegar penas que ultrapassam os 25 anos de prisão. Após serem submetidos a exame de corpo de delito, os presos foram encaminhados para a cadeia pública de Salgueiro, onde estão à disposição da Justiça.
Os 43,6 kg de pasta base seriam transformados em crack em um laboratório clandestino quando o caminhão chegasse a João Pessoa (PB). A PF estima que a droga seria suficiente para produzir aproximadamente 174 kg de crack, o que corresponde a 697 mil pedras, que seriam comercializadas em todos os Estados nordestinos.
Em depoimento à PF, os presos afirmaram que o caminhão partiu de Goiânia (GO) até uma fazenda em Cuiabá (MT), onde a droga foi colocada dentro do veículo por João Bosco, que pegou carona com os demais motoristas e desceria em Brejo do Cruz (PB). João Bosco afirmou que recebeu a quantia de R$ 2 mil de uma pessoa não identificada para transportar fardos de toalhas até a cidade de Parnamirim (RN). Além da droga e do veículo, também foram apreendidos R$ 425 em notas, R$ 3,1 mil em cheques e quatro aparelhos celulares.
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