Brasil quer balança comercial mais equilibrada com EUA
O Brasil possui um deficit comercial com os Estados Unidos de US$ 11 bilhões e quer uma troca mais equilibrada, afirmou nesta segunda-feira o embaixador brasileiro em Washington, Mauro Viera, a três semanas da visita do presidente Barack Obama ao território brasileiro.
Atualmente, o fluxo comercial entre os dois países se situa por volta de US$ 56 bilhões, com um superavit para os Estados Unidos acima dos US$ 11 bilhões, disse Vieira, num centro de estudos na capital americana.
"Este é um tema que tem que ser discutido adequadamente. Queremos mais comércio e investimentos, mas queremos também relações mais equilibradas", declarou.
O embaixador destacou que até 2007 a balança comercial favorecia o Brasil, mas, após a crise, ela "se inverteu completamente".
"Não é nosso objetivo ter um superavit em relação aos Estados Unidos, mas queremos uma relação comercial que nos permita tirar o máximo de nossa indústria e sistema produtivo nacionais", explicou Vieira.
O diplomata afirmou que a visita de Obama, que começará no dia 19 de março por Brasília, levando-o depois ao Chile e El Salvador, reafirma o "sentimento em ambos os países de que nossa relação é essencial, estratégica e em um nível excelente".
Obama se reunirá com a presidente Dilma Rousseff em Brasília e depois, no dia 20 de março, visitará o Rio de Janeiro, um "cenário ideal para que haja uma interação com a sociedade civil, tal como foi planejado pelo governo americano", disse.
O embaixador acrescentou que durante a primeira visita de Obama ao Brasil ocorrerão "anúncios interessantes" em matéria de inovação, ciência e tecnologia, assuntos prioritários tanto para Washington quanto para Brasília.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, visitou Washington na semana passada para analisar, junto das autoridades americanas, os últimos detalhes da visita de Obama.
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