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Sábado - 26 de Fevereiro de 2011 às 08:31
Por: ANTONIO DE SOUZA

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Fifa
Joseph Blatter e João Havellange: pedido especial garantiu Cuiabá na Copa do Mundo de 2014
Joseph Blatter e João Havellange: pedido especial garantiu Cuiabá na Copa do Mundo de 2014

Ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, hoje CBF), o empresário carioca João Havelange revelou, na noite de sexta-feira (25), que a escolha de Cuiabá para ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo do Brasil em 2014 se deveu a um pedido especial que ele próprio fez ao atual presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Em entrevista especial ao programa "SportvNews", do canal pago SportTV, Havelange revelou que, quando o Brasil foi confirmado como sede do Mundial de 2014, os dois únicos pedidos que ele fez ao seu sucessor foi para que escolhesse duas cidades entre as 12 que seriam apontadas como sedes do evento no país: Manaus e Cuiabá.

"Manaus, para que o mundo possa conhecer e passe a preservar a floresta. Cuiabá, para que o mundo conheça o Pantanal e também passe a defendê-lo", disse o veterano cartola, em entrevista ao repórter Marcelo Barreto.

A influência de Havelange junto à cúpula da Fifa foi considerada fundamental para que a capital mato-grossense fosse escolhida uma das sedes do Mundial de 2014.

Em julho de 2009, por exemplo, ao participar da solenidade de entrega de comendas que levavam o nome do ex-presidente da Fifa, no Rio de Janeiro, o então governador Blairo Maggi (PR) aproveitou para fazer gestões no sentido de beneficiar o Estado.

A escolha de Cuiabá, em verdade, deveu-se, também, aos contatos feitos por Maggi junto a autoridades nacionais e internacionais. Em informe distribuído pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio Paiaguás, em julho de 2009, por exemplo, o então governador republicano deixou claro que "a indicação de Cuiabá foi uma luta grande, graças a amigos de dentro e de fora do Brasil".

"O ministro Gilmar Mendes [à época, presidente do STF], como mato-grossense, ajudou", revelou. Maggi listou entre os que articularam e ajudaram Cuiabá na escolha para a Copa o então presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil da época e hoje presidente da República, Dilma Rousseff.

Maggi, entretanto, destacou a contribuição decisiva do ex-presidente da Fifa, a quem conheceu pessoalmente por influência do ex-presidente da Federação Mato-grossense de Desporto (FMD) e hoje um dos diretores da Agecopa, o economista Agripino Bonilha Filho, afilhado de João Havelange.

Havelange foi presidente da Fifa de 1974 a 1998, sendo precedido no cargo por Sir Stanley Rous e sucedido por Joseph Blatter, atual chefe da entidade.

Na entrevista ao SporTV, ele admitiu que, ao longo dos anos, transformou a realização da Copa do Mundo é um dos negócios mais lucrativos em matéria de futebol.

De 1956 a 1974, Havelange presidiu a CBD, que congregava, à época, 24 esportes, e não somente o futebol.

Durante este período, o futebol brasileiro conheceu o ápice de sua história: consagrou-se Tri-Campeão Mundial de Futebol com a conquista das Copas do Mundo de 1958, na Suécia de 1962, no Chile, e de 1970, no México.
 






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