Anistia Internacional exige que México proteja família de ativista
A Anistia Internacional (AI) exigiu que as autoridades mexicanas protejam a família da ativista Josefina Reyes, assassinada em 2010, depois de terem sido encontrados mortos nesta sexta-feira três parentes seus que haviam sido sequestrados em 7 de fevereiro.
Os corpos de Elías e Malena Reyes e de Luisa Ornelas, esposa de Elías, foram encontrados nesta sexta-feira ao leste de Ciudad Juárez, no Estado de Chihuahua.
Elías e Malena eram irmãos de Josefina Reyes, assassinada em janeiro de 2010, lembrou a AI em comunicado ao assinalar que outro irmão, Rubén Reyes, também foi assassinado em 2010.
As novas mortes provocaram a condenação do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ONU-DH) no México, que afirmou em comunicado que a violência exercida contra a família Reyes é "degradante" e "só explicada pela impunidade que cerca o assassinato de Josefina".
A diretora do Programa da AI para a América, Susan Lee, disse que "é evidente que a família Reyes se encontra em perigo, já que cinco membros da família morreram de maneira brutal. A principal prioridade das autoridades mexicanas deve ser garantir a segurança do resto da família".
"As autoridades também devem dirigir uma investigação pontal e completa para levar à Justiça os responsáveis pelos assassinatos que aparentemente se originaram quando Josefina Reyes se atreveu a manifestar-se contra a escalada da violência no México", acrescentou.
Além disso, em 15 de fevereiro a casa da família no povoado de Guadalupe "foi incendiada por um bando armado que usou bombas de fabricação caseira", indicou a AI.
A Anistia Internacional assegurou que o Governo do presidente Felipe Calderón "tentou combater os cartéis das drogas com o desdobramento em massa de milhares de policiais federais e cerca de 50 mil militares nas zonas mais afetadas. No entanto, isso não produziu uma redução da violência".
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