Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 25 de Fevereiro de 2011 às 16:14

    Imprimir


Os Estados Unidos informaram nesta sexta-feira que deverão impor sanções unilaterais e multilaterais à Líbia, em uma tentativa de punir o regime de Muammar Kadafi pelos ataques a manifestantes.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que a Casa Branca decidiu "ir adiante" com as sanções unilaterais e multilaterais com seus parceiros contra o governo líbio.

Carney também disse que Washington agia para cortar a ajuda militar à Líbia e colocou bancos para monitorar e notificar movimentações financeiras desse país no norte da África.

A ação ocorre horas antes de o Conselho de Segurança da ONU reunir-se para discutir opções de resposta à repressão líbia contra a população, e após reclamações segundo as quais Washington estava agindo muito devagar.

Líbios enfrentam repressão e desafiam Kadafi
Impulsionada pela derrocada dos presidentes da Tunísia e do Egito, a população da Líbia iniciou protestos contra o líder Muammar Kadafi, que comanda o país desde 1969. As manifestações começaram a tomar vulto no dia 17 de fevereiro, e, em poucos dias, ao menos a capital Trípoli e as cidades de Benghazi e Tobruk já haviam se tornado palco de confrontos entre manifestantes e o exército.

Os relatos vindos do país não são precisos, mas tudo leva a crer que a onda de protestos nas ruas líbias já é bem mais violenta do que as que derrubaram o tunisiano Ben Ali e o egípcio Mubarak. A população tem enfrentado uma dura repressão das forças armadas comandas por Kadafi. Há informações de que Força Aérea líbia teria bombardeado grupos de manifestantes em Trípoli. Estima-se que centenas de pessoas, entre manifestantes e policiais, tenham morrido.

Além da repressão, o governo líbio reagiu através dos pronunciamentos de Saif al-Islam , filho de Kadafi, que foi à TV acusar os protestos de um complô para dividir a Líbia, e do próprio Kadafi, que, também pela televisão, esbravejou durante mais de uma hora, xingando os contestadores de suas quatro décadas de governo centralizado e ameaçando-os de morte.

Além do clamor das ruas, a pressão política também cresce contra o coronel Kadafi. Internamente, um ministro líbio renunciou e pediu que as Forças Armadas se unissem à população. Vários embaixadores líbios também pediram renúncia ou, ao menos, teceram duras críticas à repressão. Além disso, o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez reuniões emergenciais, nas quais responsabilizou Kadafi pelas mortes e indicou que a chacina na Líbia pode configurar um crime contra a humanidade.





Fonte: AFP

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/100915/visualizar/