UE diverge sobre endurecimento contra crimes virtuais
Os países da União Europeia (UE) mostraram nesta sexta-feira (25) suas posições divergentes sobre o endurecimento das sanções contra crimes virtuais.
Estas diferenças ficaram evidentes durante um debate dos ministros de Justiça europeus sobre uma proposta para reforçar a segurança na UE contra todo tipo de crime na rede.
A iniciativa, defendida pela comissária de Assuntos Internos da UE, Cecilia Malmstrom, propõe, entre outras medidas, um endurecimento das sanções para este tipo de crime.
Alguns Estados-membros, como Alemanha, Grécia e Finlândia, ressaltaram que a experiência demonstrou que impor sanções mais duras não é a melhor maneira de combater o problema e defenderam a adoção de outras medidas, como o uso de mecanismos técnicos para melhorar a investigação desses crimes.
Já França, Reino Unido e Holanda mostraram-se a favor da proposta de Bruxelas e de que a medida seja adotada o mais rápido possível para combater um problema que vem crescendo.
Por sua vez, Bulgária e Lituânia pediram que sejam punidos com mais dureza os crimes contra instituições como administrações públicas, bancos e usinas nucleares.
Embora a UE tenha advertido que seus membros "já têm suas medidas" de segurança contra crimes virtuais, acha conveniente a blindagem das redes europeias e medidas específicas para proteger as infraestruturas "críticas", segundo a comissária de Assuntos Internos.
De acordo com a UE, os hackers "inventam" a cada dia tantos delitos quanto novos aplicativos aparecem no mercado.
Entre os crimes mais populares está a obtenção de números de cartões de crédito, a sabotagem de redes, a extorsão e a espionagem.
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