Governo descarta reajuste da tabela de IR acima de 4,5%
Mesmo com a pressão das centrais sindicais por um reajuste na tabela de Imposto de Renda (IR) para pessoa física na casa dos 6,47%, o Palácio do Planalto decidiu não ceder aos apelos dos sindicalistas e irá editar uma Medida Provisória (MP) nos próximos dias estipulando a correção em 4,5%.
"A presidente já determinou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prepare (a MP da correção da tabela de IR). O governo fez um acordo com as centrais para o salário mínimo e a tabela de Imposto de Renda. Vamos cumprir o que foi o acordo", disse o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
O coordenador político do governo, que voltou a negar a possibilidade da criação de um imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar o setor de saúde, observou ainda que a sanção do valor do salário mínimo, de R$ 545, deve ser consolidada ainda em fevereiro para que o benefício possa ser pago normalmente no mês de março.
Independentemente das dissidências de senadores aliados na votação do mínimo, votaram contra a proposta governista Ana Amélia (PP-RS), Roberto Requião (PMDB-PR) e Pedro Taques (PDT-MT), o ministro comemorou a ampla votação conseguida para a aprovação do mínimo de R$ 545. Nas três votações que enfrentou no Plenário do Senado, a base aliada conseguiu 54 votos em duas delas e 55 em outra, considerando os 77 senadores que votaram.
"O governo está satisfeito que a grande maioria da base votou com o governo. O governo não trabalha com o mecanismo da retaliação. (Eventual punição) é uma questão de partido, de bancada", disse Luiz Sérgio.
O ministro Luiz Sérgio afirmou ainda que está em estudo um reajuste do programa Bolsa Família, mas não deu mais detalhes.
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