Conflito na Líbia e alta do petróleo derrubam Bolsas asiáticas
Os conflitos na Líbia e o temor de que as revoltas populares cheguem a outros países produtores de petróleo na região levaram o petróleo Brent à máxima em 29 meses nesta quinta-feira, acima de US$ 113, alimentando preocupações sobre uma desaceleração no crescimento econômico global e derrubando as Bolsas de Valores asiáticas.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em baixa de 1,2 %, enquanto as ações do resto da Ásia perdiam 1,25 % às 8h24 (horário de Brasília).
Líderes mundiais condenaram a repressão violenta de Muammar Gaddafi à revolta que dividiu a Líbia, mas pouco fizeram para impedir o derramamento de sangue na mais recente insurgência popular do mundo árabe.
"Os investidores já sabiam que um ajuste viria após o rali, e a turbulência na Líbia deu ao mercado uma boa oportunidade para entrar em um ajuste", disse Makoto Kikuchi, CEO da Myojo Asset Management Japan, sobre a Bolsa de Tóquio.
Outros mercados da Ásia mostraram sinais de estabilização após dois dias seguidos de perdas, mas o tom geral continuou cauteloso, com receio de que os preços mais elevados de energia prejudiquem os lucros corporativos e aumentem as pressões inflacionárias globais.
Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,8 %, e em Seul, o Kospi recuou 0,6 %. Em Hong Kong o índice caiu 1,34 %, enquanto a Bolsa de Xangai subiu 0,56 %.
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