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Nacional
Quarta - 23 de Fevereiro de 2011 às 21:47

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André Sturm, proprietário do cine Belas, diz que hoje à noite decidirá, de uma vez por todas, o destino do cinema localizado na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação.

Sturm tem uma reunião agendada com os advogados do proprietário do prédio, Flávio Maluf, para as 18h. "Não saio de lá sem uma resposta definitiva. Não aguento mais esse vaivém", disse, há pouco, à Folha.

O vaivém a que se refere Sturm teve início na primeira semana de janeiro, quando a Folha anunciou o fechamento das tradicionais salas, e tem sido marcado por uma série de ameacas, propostas e contrapropostas.

"Não aguento mais. Quando me preparo para fechar o cinema, eles [os advogados do proprietário] dizem que querem negociar. Aí eu chego com uma proposta e, um dia depois, eles dizem que não querem mesmo continuar com o cinema", relata Sturm. "Agora chega."

Hoje, ele fará uma nova proposta de aluguel, superior ao que pagava até o final do ano, mas inferior aos R$ 130 mil mensais pedidos.

A proposta que será colocada na mesa toma por base um novo contrato de patrocínio, com valor superior ao que havia sido firmado no final de 2010, quando o dono do imóvel resolveu pedir o espaço de volta.

MANIFESTAÇÃO

Enquanto cifrões e contratos estiverem sendo discutidos, uma outra manifestação em prol do cinema estará acontecendo.

Um ato contra o fechamento do Cine Belas Artes reunirá no cinema, às 19h, representantes de entidades culturais de São Paulo e arquitetos como Nabil Bonduki e Raquel Rolnik.

Antes, às 18h, um grupo se reunirá no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e, de lá, sairá caminhando até o cinema.

TOMBAMENTO

Além da pressão popular, evidenciada pelo grande número de manifestações que o anúncio do fechamento do cinema gerou, o proprietário do imóvel, ao que tudo indica, está preocupado com o processo de tombamento do prédio, aberto pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

A simples abertura do processo de tombamento, afinal de contas, já impõe limitações ao uso do prédio.






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