Após Jurupari, Crea-MT questiona registro de peritos da Polícia Federal
Marlon Konzen - chefe do setor Técnico Científico (Setec) da Polícia Federal de Mato GrossoO Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mato Grosso (Crea-MT) notificou os peritos criminais da Polícia Federal quanto aos registros dos engenheiros que trabalham na instituição. A notificação aconteceu após a Operação Jurupari, deflagrada em maio de 2010, informou o superintendente Regional da PF, Valmir Lemos de Oliveira.
A notificação foi feita cerca de três meses após a operação ter sido deflagrada. Segundo Lemos, a polícia encaminhou resposta ao Conselho alegando que a legislação ampara os peritos do órgão federal quanto a não haver necessidade de se obter o registro, já que para o cargo eles realizaram concurso público.
A justificativa da Polícia Federal não foi aceita pelos membros do Conselho e o caso foi encaminhado para a Auditoria Geral da União (AGU), onde aguarda decisão, e se for analisado que de fato há a necessidade de se efetuar o registro junto ao Crea-MT, os peritos da PF irão efetuar a inscrição, explicou o superintendente.
De acordo com o chefe do Setor Técnico Científico (Setec) da Polícia Federal, Marlon Kunzen, vários engenheiros trabalharam na operação, quando foram confeccionados 72 laudos periciais durante os dois anos de investigação. “Não faz muito sentido uma autarquia querer fiscalizar um órgão federal”, pontuou Kunzen.
Atualmente a PF de Mato Grosso conta com um efetivo de 27 peritos distribuídos em 17 áreas dentre as quais figuram engenheiros agrônomos, químicos, florestais, civis, eletricistas, cartográficos, mecânicos, entre outros.
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