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Economia
Terça - 22 de Fevereiro de 2011 às 20:41

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Uma expansão de 5% do PIB brasileiro em 2011 é compatível com as metas de inflação, segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Após reunião com senadores da base aliada nesta terça-feira, Barbosa disse que o governo segue trabalhando com o cenário de que a economia vai crescer 5% neste ano.

"A gente acha que é factível trabalhar com 5% (de crescimento do PIB nesse ano," afirmou. "5% é compatível com a capacidade de crescimento da produção."

O secretário afirmou ainda que, após a sanção da política do salário mínimo e o valor de R$ 545 para
esse ano, será enviada uma proposta para correção da tabela de Imposto de Renda para pessoa física.

Segundo ele, ainda não está definido se a correção anual de 4,5% também nos próximos anos. "A proposta inclui correção para esse ano. Se vai ou não haver uma política para os quatro anos ainda vai ser discutido pelo governo."

Ele descartou também que a Fazenda esteja estudando a criação de uma contribuição nos moldes da CPMF.

A proposta de reajuste do salário mínimo até 2015 e o valor de R$ 545 para esse ano já foi aprovada pela Câmara na semana passada. O governo quer aprovar o mesmo texto no Senado nesta quarta-feira para que a presidente Dilma Rousseff sancione a lei até o final deste mês.

O projeto prevê que o mínimo será reajustado pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos antes, somado ao índice de inflação dos últimos do ano anterior, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Governo Lula
Barbosa defendeu a gestão econômica do governo Lula. Segundo ele, as medidas adotadas entre 2003 e 2010 foram uma "herança bendita" para o atual governo.

"Essa decisão do salário mínimo visa um acordo pelo reajuste do salário mínimo no longo prazo. Não é decisão ou julgamento de juízo de valor sobre a política dos últimos oito anos, que eu considero acertada, que o governo atual considera acertada. Que é uma política que deixou uma herança bendita ao governo atual," discursou.

Respondendo a críticas feitas por membros dos partidos de oposição nos últimos dias, Barbosa disse que o governo Lula não aumentou os gastos públicos desordenadamente. "O aumento da despesa primária foi com a despesa primária com transferência de renda que inclui previdência social, Bolsa Família, foi despesa primária com investimento em infraestrutura e a despesa primária com educação," disse.





Fonte: Reuters

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