Chefe da ONU pede que árabes intercedam pela paz na Líbia
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, analisou a situação da Líbia e no Iêmen com o emir do Catar, Hamad bin Khalifa al Thani, a quem solicitou aos líderes árabes o fim da violência na Líbia, informou nesta terça-feira o organismo internacional.
Ban e o emir catariano conversaram por telefone, na qual o secretário-geral expressou sua preocupação pelas violações dos direitos humanos que estão ocorrendo na Líbia por parte do regime de Muammar Gaddafi, assinala um comunicado da ONU.
"Ambos concordaram que a comunidade internacional e em particular os líderes árabes e a ONU deveriam pedir o imediato fim dos atos de violência e o início do diálogo amplo" para resolver a situação de maneira pacífica, acrescenta o texto.
Ao menos 400 pessoas morreram desde 15 de fevereiro, quando começaram na Líbia os protestos populares em várias cidades exigindo a queda do regime de Gaddafi, no poder desde 1969.
Além disso, os dois políticos abordaram a situação em outros países da região, como o Iêmen, onde também ocorreram revoltas populares reivindicando reformas democráticas e melhorias sociais, da mesma forma que no Marrocos, Argélia, Iraque, Irã e Bahrein, e anteriormente na Tunísia e no Egito.
O Conselho de Segurança da ONU, a pedido do representante permanente adjunto da Líbia, abordou nesta terça durante mais de uma hora a situação do país norte-africano e decidiu reunir-se em aberto a partir das 17h de Brasília para escutar seus representantes diante do principal órgão de decisões da instituição.
Fontes diplomáticas indicaram que China e Rússia "não colocaram impedimentos e querem seguir adiante" com a advertência ao regime do ditador líbio.
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