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Economia
Segunda - 21 de Fevereiro de 2011 às 16:42

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O dólar fechou em leve alta ante o real nesta segunda-feira, num dia marcado pela aversão a risco no exterior devido à turbulência política na Líbia. A moeda americana terminou valorizada em 0,24%, a R$ 1,668 na venda. Contra uma cesta de divisas, o dólar operava quase estável, enquanto o euro perdia 0,13%, a US$ 1,3688.

O baixo volume de negócios sugeriu a ausência de boa parte dos players do mercado de câmbio, com o giro nos demais segmentos também se mostrando menor em meio ao feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos.

"O feriado nos Estados Unidos está deixando o mercado bem esvaziado hoje. A gente vê um viés de alta, mas basicamente porque alguns investidores estão aproveitando o preço barato do dólar para comprar um pouco", afirmou José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

A taxa de câmbio encerrou na sexta-feira em torno das mínimas em uma semana, apesar de o Banco Central alternar leilões de compra nos mercados à vista, a termo e futuro para tentar coibir uma depreciação acentuada do dólar.

"O BC até pode atuar todos os dias, comprando nos três mercados, mas ainda tem muito dinheiro entrando no Brasil, e isso ele (o BC) não consegue impedir", comentou Reginaldo Galhardo, gerente da Treviso Corretora de Câmbio.

Nesta sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de aquisição de dólares no segmento a termo, definindo como corte as taxas de R$ 1,6701 e R$ 1,6736, respectivamente.

De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume do mercado somava cerca de US$ 500 milhões até pouco antes do fechamento.

"Estamos neutros com relação ao real, considerando que uma desvalorização na taxa de câmbio pode estimular posições compradas em real", escreveram em relatório analistas do banco francês BNP Paribas.

De acordo com Galhardo, os desdobramentos da crise política observada no mundo árabe também abriram espaço para a valorização do dólar, diante da maior aversão a risco no exterior.

Manifestantes saíram às ruas de Trípoli, capital da Líbia, ao mesmo tempo em que líderes tribais falaram contra o presidente do país, Muammar Gaddafi, e unidades do Exército desertaram para a oposição, numa revolta que já matou mais de 200 pessoas.

Uma coalizão de líderes muçulmanos líbios emitiu uma declaração dizendo que é obrigação de todo o muçulmano se rebelar contra o governo líbio. Em resposta, Gaddafi vai enfrentar a revolta popular "até o último homem que estiver de pé", de acordo com um de seus filhos.





Fonte: Reuters

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