Equipe no Google ainda mira Microsoft em nova era
Quando um recrutador escolheu Dave Girouard para trabalhar no Google, sete anos atrás, para vender tecnologias para outras empresas, ele fez para si mesmo a mesma pergunta que muitos fazem hoje.
"Por que o Google tem um negócio corporativo? Eles estão falando sério?", recorda Girouard.
Em uma empresa em que 96% da receita de 2010 veio da publicidade, a tarefa de Girouard de vender contas de web e-mail e softwares de produtividade parece deslocada --mesmo quando sua equipe cresceu para abrigar mais de 1.000 funcionários.
O negócio corporativo do Google coloca a empresa em um mercado lucrativo, dominado há muito tempo pela Microsoft, e representa uma forma de diversificar a receita. Mas já que a gigante das buscas está enfrentando uma séria ameaça do Facebook nas redes sociais e da Apple no mercado de dispositivos móveis, é natural que as pessoas se perguntem se a batalha do Google com a Microsoft não pertence ao passado.
Esse ponto será particularmente controverso agora que o cofundador do Google Larry Page se prepara para assumir em abril a presidência-executiva ocupada atualmente por Eric Schmidt, anteriormente chefe da Novell.
A experiência e a visão de Schmidt foram moldadas em uma era na qual a Microsoft era o poder tecnológico dominante da indústria, nas não está claro se Page divide com ele as mesmas visões.
"É difícil ver Larry se focando mais nisso [os negócios corporativos] do que Eric", afirmou o analista Colin Gillis, da BGC.
O compromisso do Google com os negócios corporativos não irá enfraquecer, afirmou Girouard em uma entrevista na sede da companhia, no mês passado. Page, ele afirmou, está envolvido e dá suporte aos negócios corporativos desde o primeiro dia.
O Google, que gerou cerca de US$ 29 bilhões em receita bruta no ano passado, não revela detalhes financeiros sobre o negócio corporativo, mas afirmou no passado que a unidade é lucrativa e gera centenas de milhões de dólares na receita anual.
O analista Yum Kim, da Gleacher & Co, afirmou que investidores, atualmente, prestam mais atenção ao negócio de publicidade do que ao corporativo como as próximas oportunidades em evidência do Google.
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