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Tecnologia
Segunda - 21 de Fevereiro de 2011 às 09:02

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Um microscópio de coerência óptica no qual uma gota de água funciona como lente líquida permite a observação e captação de imagens sem precedentes debaixo da pele, informaram cientistas no sábado.

A professora de óptica da Universidade de Rochester (Nova York), Jannick Rolland, apresentou seu estudo durante a convenção da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), realizada em Washington (EUA).

A técnica de microscopia de coerência óptica --uma tecnologia para a visualização rápida, ao vivo e sem destruição dos tecidos-- é uma variação da tomografia de coerência óptica usada para conseguir resoluções comparáveis com as de um microscópio de duas lentes.

Desta maneira é possível obter imagens tridimensionais das células e tecidos sem causar danos.

A equipe liderada por Jannick melhorou os rendimentos com a substituição das lentes de vidro por uma gota de água.

"Minha esperança é que esta tecnologia leve à eliminação dos processos e despesas significativamente inconvenientes no exame e diagnóstico de lesões da pele", disse.

A professora exemplificou: "Quando um paciente chega à clínica com um nevo melanocítico, não seria necessário um corte na pele ou uma custosa análise da imagem por ressonância magnética."

Um nevo melanocítico é uma pequena mancha pigmentada na pele, com bordas definidas, e formada por células névicas carregadas de melanina. Podem se localizar em qualquer profundidade da pele (epidermes, derme ou, com menos frequência, no tecido subcutâneo) e em qualquer parte do corpo.

No lugar da cirurgia para retirá-la, um pequeno aparelho portátil poderia fazer uma imagem que ajudasse a classificar a lesão no próprio consultório, explicou Jannick.

No aparelho a gota de água ocupa o lugar da lente e à medida que o campo elétrico em torno da água se transforma, a gota muda de forma, o que diferencia o enfoque da lente.

Isso permite que o aparelho faça milhares de imagens focalizadas em diferentes profundidades sob a superfície da pele, e a combinação destas imagens cria uma totalmente focalizada de até um milímetro de profundidade na pele humana.

Jannick disse que o processo foi testado com sucesso na pele humana viva e vários artigos publicados em revistas especializadas.

O próximo passo, acrescentou, é o começo do uso em um contexto de pesquisa clínica para a avaliação de sua capacidade para diferenciar diferentes tipos de lesões.





Fonte: EFE

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