Premiê egípcio diz que há 487 presos políticos no país
O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, disse neste sábado que o número de presos políticos detidos no país chega a 487 e que em breve serão libertados 122 deles, informou a agência oficial de notícias egípcia Mena. O chefe do governo fez o anúncio em reunião com presidentes de conselhos diretores e de redação de jornais egípcios.
Shafiq indicou que os 487 presos "estão classificados em diferentes graus de periculosidade", que as pessoas detidas durante as recentes manifestações populares "não superam os dedos de uma mão" e que a libertação está sendo estudada. Ele também indicou que está tentando descobrir o destino dos jovens desaparecidos durante os protestos e distúrbios que começaram em 25 de janeiro, e que forçaram a renúncia do presidente Hosni Mubarak no último dia 11.
Por sua parte, o presidente da rede egípcia para a informação dos direitos humanos, Gamal Eid, assinalou à Efe que o número de presos detidos em virtude da lei de emergência chega a milhares. "Nós exigimos a libertação imediata desses presos. Um governo que respeita a democracia não prende as pessoas devido a suas opiniões", ressaltou o ativista de direitos humanos.
Ao ser perguntado sobre o número de detidos durante as mobilizações das recentes manifestações, Eid estimou que estão entre 400 e 500, e lembrou que pediram às autoridades egípcias para "anunciar claramente o número exato e os lugares em que estão presos".
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