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Internacional
Sábado - 19 de Fevereiro de 2011 às 12:56

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Os enfrentamentos entre partidários da oposição, que protestam pelo fim do regime do presidente Ismael Omar Guelleh, e membros das forças de segurança recomeçaram neste sábado em um subúrbio popular de Djibuti.

Um dia depois da grande manifestação da oposição na capital, violentamente reprimida, novos choques foram registrados em Balbala, localidade da periferia da cidade.

Pequenos grupos de manifestantes perseguiam os policiais, lançando pedras e outros objetos. A polícia, por sua vez, respondia com bombas de gás lacrimogêneo.

Os confrontos ocorriam simultaneamente em vários pontos de Balbala, e com mais intensidade perto do hospital italiano.

O número de manifestantes não para de aumentar na manhã deste sábado, apesar da ação da polícia.

Mais de 6.000 foram às ruas em protestos ontem contra o presidente Ismail Omar Guelleh, no poder desde 1999, e cuja família comanda o país há mais de três décadas.

Os manifestantes, que temem que o líder consiga chegar ao terceiro mandato nas eleições presidenciais de abril, foram reprimidos pelas forças de segurança com bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes.

No ano passado, Guelleh alterou o artigo da Constituição que limitava a dois o número de mandatos seguidos na Presidência do país.

O Djibouti é um país-cidade, assim como a Cingapura. A pequena nação não conta com a presença de jornalistas estrangeiros e abriga escritórios de poucas organizações internacionais.

A primeira manifestação no país ocorreu no dia 28 de janeiro, com cerca de 3.000 pessoas, estima a ONG Democracia Internacional. Outros protestos aconteceram no dia 5 de fevereiro, aponta a Human Rights Watch, acrescentando que no dia 9 de fevereiro o presidente da Liga de Direitos Humanos do Djibouti foi preso após alertar para a prisão de estudantes e opositores






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