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Sábado - 19 de Fevereiro de 2011 às 10:24

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O ex-presidente Lula definiu os museus do Futebol e da Língua Portuguesa, em São Paulo, como modelos para o memorial que abrigará o acervo do seu mandato.

Ambos foram construídos em gestões do PSDB e usados por José Serra na campanha presidencial de 2010.

Nos últimos dias, Lula disse a aliados que planeja um memorial interativo, que convide os visitantes a "participar" de momentos históricos da sua trajetória.

Ele tem usado dois exemplos: as assembleias de metalúrgicos em São Bernardo do Campo, em 1979, e o grande comício das Diretas na Praça da Sé, em 1984.

A ideia do ex-presidente é criar ambientes que "transportem" as pessoas para as manifestações. Ele só não deixou claro aos interlocutores se o visitante "participaria" das manifestações como povo, com a perspectiva da multidão, ou como Lula, do alto dos palanques.

O petista é fã declarado do Museu do Futebol, que tem atrações como uma sala que reproduz gritos de diversas torcidas para simular o clima das arquibancadas.

Para o presidente da Associação Brasileira de Museologia, Antônio Carlos Vieira, a aposta na interatividade deve dar resultado. "É uma tendência mundial. Museus que usam esses recursos atraem mais jovens e têm batido recordes de visitação", diz.

"Mas o museu deve evitar uma visão mítica de Lula. O político não deve ser tratado como herói ou como alguém acima da sociedade."

O memorial será erguido em São Paulo e também exibirá peças de museus tradicionais, como o terno da posse e presentes que Lula recebeu nos oito anos de poder.

Ainda não há orçamento nem data para inauguração. O Instituto Lula trabalhará em parceria com a Universidade Federal do ABC e poderá usar a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, para captar recursos de renúncia fiscal.






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