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Depois de acumular altas sucessivas, taxa fica negativa em 3,10% em agosto
MT apresenta maior deflação do País em 12 meses, aponta IBGE
Depois de apresentar altas sobre o custo de construção do metro quadrado (m²), Mato Grosso fechou o mês de agosto com a maior deflação do país. Nos últimos doze meses a inflação da construção civil foi de -3,10%. No mesmo período a taxa no país retraiu 1,74% e no Centro-Oeste, 0,82%. Os números fazem parte do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado mensalmente pelo IBGE em parceria com a Caixa Econômica Federal e divulgado ontem.
Em agosto o custo médio de construção do m², em Mato Grosso, foi de R$ 839,52, abaixo das médias apuradas na região e no país e estabelecendo o segundo menor valor do Centro-Oeste, atrás apenas de Goiás, R$ 837,58. Até alguns meses, o Estado se destaca com as maiores inflações e custo médio no país. Na comparação mensal, o valor do m² retraiu 0,09 e no acumulado do ano, 4,87%. Ainda conforme o Sinapi, o custo médio no Centro-Oeste, no mês passado foi de R$ 851,77 – influenciado pela pressão do Distrito Federal que tem o m² mais caro da região, R$ 888,96 – e no Brasil, R$ 840,76.
De acordo com o levantamento do IBGE, o índice nacional apresentou variação de 0,58% em agosto, ficando 6,73 pontos percentuais acima da taxa de julho (-6,15%), quando refletiu a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil prevista na lei 12.844, sancionada em 19 de julho de 2013.
A variação acumulada (janeiro a agosto) foi negativa (-1,74%), enquanto em igual período de 2012 havia ficado em 4,38%. O resultado dos últimos doze meses ficou em -0,51%, abaixo, portanto, dos -0,30% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2012, o índice foi de 0,79%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em julho fechou em R$ 835,95, em agosto passou para R$ 840,76, sendo R$ 463,03 relativos aos materiais e R$ 377,73 à mão de obra.
A parcela da mão de obra, em agosto, apresentou variação de 0,86%, 15,54 pontos percentuais acima de julho, por conta da desoneração apropriada naquele mês. Os materiais, por outro lado, registraram uma diferença de 0,23 ponto percentual, indo de 0,12% em julho para 0,35% em agosto. Nos oito primeiros meses do ano, os acumulados são de 2,04%(materiais) e -6,00% (mão de obra), enquanto, em doze meses, ficaram em 3,06%(materiais) e -4,57% (mão de obra). Os dados relativos à parcela da mão de obra não são disponibilizados por estados.
REGIONAL - A região Sul, com alta de 2,02%, ficou com a maior variação regional em agosto. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,87% (Norte), 0,33% (Nordeste), 0,23% (Sudeste) e 0,55% (Centro-Oeste).
Com relação aos acumulados, a Região Norte apresentou a menor variação no ano (-3,67%), além de ser a mais baixa nos últimos doze meses (-1,34%).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 841,03 (Norte), R$ 782,93 (Nordeste), R$ 877,30(Sudeste), R$ 866,60 (Sul) e R$ 851,77 (Centro-Oeste).
Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, o Paraná, com variação mensal de 4,62%, registrou a maior alta de agosto. Amazonas (3,47%) e Mato Grosso do Sul (3,95%) também tiveram variações mensais influenciadas por reajustes salariais.
Fonte:
Da Editoria
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