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Internacional
Sexta - 18 de Fevereiro de 2011 às 16:56

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O presidente americano, Barack Obama, condenou nesta sexta-feira a utilização de violência contra manifestantes pacíficos no Bahrein, na Líbia e no Iêmen e pediu que o direito universal de expressão seja respeitado.

Ele fez um apelo aos governos dos três países para terem moderação e "respeitarem os direitos dos cidadãos que se manifestam pacificamente após a revolta no Egito". O líder dos EUA expressou ainda suas condolências às famílias das vítimas.

O comunicado de Obama foi lido em voz alta pelo assessor de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, aos repórteres que viajavam no avião presidencial
Air Force One da Califórnia ao Oregon.

Soldados do Bahrein atiraram contra manifestantes perto da praça da Pérola, no centro de Manama, nesta sexta-feira, ferindo ao menos 23 deles, disse um ex-parlamentar.

"Nós achamos que foi o Exército", disse o parlamentar Sayed Hadi, do Wefaq, o principal partido xiita, que renunciou ao Parlamento ontem.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, funcionários do hospital Salmaniya disseram que ao menos 50 pessoas se feriram --algumas delas com tiros.

O novo incidente acontece um dia depois de a polícia ter retirado à força um acampamento de protesto na capital. Anteriormente, a rede de TV americana havia informado que ao menos quatro pessoas teriam morrido no centro de Manama quando manifestantes entraram em confronto com membros das forças de segurança. Com o número, sobe para oito o número de mortos.

LÍBIA E IÊMEN

Na Líbia, sob pressão após a erupção de protestos antirregime, o governo do ditador Muammar Gaddafi colocou nesta sexta-feira o Exército nas ruas da segunda maior cidade do país, Benghazi, após milhares de pessoas terem protestado durante a noite contra a morte de mais de 20 manifestantes por forças de segurança. Autoridades também alertaram os cidadãos para que não participem das manifestações.

Os protestos contra o governo de Gaddafi, que está há 42 anos no poder, irromperam nesta semana em diversas cidades do país, principalmente no leste. A ONG baseada em Nova York Human Rights Watch denunciou que 24 pessoas morreram na quarta e na quinta-feira.

No entanto, um funcionário de um hospital na cidade de Al Beyida afirmou à agência de notícias Associated Press que os corpos de ao menos 23 manifestantes mortos estavam no local, que também estava tratando de cerca de 500 feridos --alguns no estacionamento, já que não há macas e camas em número suficiente.

Multidões rivais também ocuparam as ruas da capital do Iêmen, Sanaa, e de duas outras cidades do país, demonstrando a força do ditador Ali Abdullah Saleh e dos manifestantes que exigem o fim dos seus 32 anos no poder.

No maior protesto antigoverno, dezenas de milhares de pessoas ocuparam a praça Hurriya (Liberdade) em Taiz, cerca de 200 quilômetros ao sul de Sanaa. Dois manifestantes morreram e 27 ficaram feridos na explosão de uma granada durante os protestos na cidade, ao sul de Sanaa, informaram fontes médicas.

A granada foi lançada contra pessoas que acampavam pelo sétimo dia consecutivo para reclamar a saída de Saleh em uma praça de Taez rebatizada praça de Liberdade, como a que foi centro da revolta contra o regime egípcio.






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