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Sexta - 18 de Fevereiro de 2011 às 15:16
Por: KATIANA PEREIRA

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Árvore caiu na Getúlio Vargas com a Batista das Neves e causou danos materiais em dois carros
Árvore caiu na Getúlio Vargas com a Batista das Neves e causou danos materiais em dois carros

Uma árvore caiu sobre dois carros, na manhã desta sexta-feira (18). Os veículos estavam estacionados na calçada lateral do prédio da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência Social), na Rua Batista das Neves, esquina com a Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cuiabá.

As proprietárias dos veículos trabalham no Centro de Especialidades Médicas do SUS, próximo ao local do acidente. A dona de um Astra, Josiane Félix Ferreira, estava preocupada por não possuir seguro do automóvel.

"Ligaram do prédio da Previdência, avisando que uma árvore tinha caído. Foi um susto, não imaginava que era o meu carro. Infelizmente não tenho seguro", disse a servidora pública.

A outra servidora, Maria Judith de Souza, que também teve seu veículo (um C3 Citroen) atingido pelos galhos da árvore, disse que possui seguro e que o susto foi grande. "Eu tenho seguro do carro, mas é um susto muito grande. As árvores precisam ser podadas; isso aqui representa um perigo para todos", disse Maria Judith.

O Corpo de Bombeiros foi avisado do acidente E deslocou uma equipe ao local para remover os galhos da árvore.

Acidente anunciado

Essa não é a primeira árvore que caí naquela região. Trabalhadores disseram, em entrevista ao MidiaNews, que as árvores são preocupações constantes. Árvores centenárias, muitos galhos, cupins, raízes fracas e falta de poda configuram um risco iminente para pedestres e motoristas.

Taxistas que operam na Getúlio Vargas, em frente ao edifício-sede do INSS, estacionam os veículos embaixo de árvores. Eles revelaram que têm feito, sistemativamente, pedidos à Prefeitura para que haja a poda das árvores, mas não são atendidos.

"Eu já gravei DVD com imagens das árvores, tirei fotos, fiz várias denúncias... Mas, até agora, não deram nem satisfação. Eles só vêm aqui depois que uma árvore cai", disse o taxista Benjamin Rodrigo Prates.

O profissional disse também que há um verdadeiro jogo de empurra da Prefeitura, quando se fala em poda de árvores. "Fui na Prefeitura para pedir a poda, me falaram que era no Horto Florestal; fui lá e, até agora, nenhuma notícia sobre o assaunto. Dá pra ver os galhos podres, até os fios de alta tensão já foram destruídos com queda de árvores", disse Prates.

Outras acidentes

Nas últimas duas semanas, as centenárias árvores de Cuiabá não têm resistido à ação do tempo e à falta de cuidados e estão caindo pelas ruas da Capital.

O 44º Batalhão de Infantaria Motorizada (44º BIMtz), na Avenida Lavapés, já teve desfalque de duas árvores. A queda de duas delas, recentemente, interrompendo o fluxo de veículo e gerou danos materiais.

No último dia 10 (quinta-feira), uma árvore desabou por volta as 17h, dentro do quartel, mas os galhos interromperam parte da pista da avenida.

Parte da árvore interditou também o tráfego de pedestres, na calçada do batalhão. Nenhum veículo foi atingido. Os militares que estavam no local estranharam a queda, pois não ventava no momento. Metade de uma das pistas da avenida ficou obstruída.

Na semana anterior, a queda de outra árvore, também na frente do 44º BIMtz, quase terminou em tragédia. A árvore caiu no exato momento em que vários veículos passavam pela via. Dois foram atingidos diretamente.

A queda de árvores durante o período do verão é considerada fato bastante comum. Não são apenas os temporais e ventanias os únicos responsáveis por isso.

Plantio incorreto, cupins, fungos apodrecedores, corte de raízes e idade do vegetal são fatores que, somados ao período das chuvas, levam as árvores ao chão, causando prejuízos materiais e, em alguns casos, perda de vidas.






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