Ele disputa com com o desembargador Gerson Paes; eleição será no dia 13 de abril
Rui Ramos deve ser reconduzido à presidência do TRE
Na disputa pela reeleição à presidência do Tribunal Regional Eleitoral, o desembargador Rui Ramos atribuiu sua indicação pelo Pleno do Tribunal de Justiça ao trabalho que vem desempenhando na Corte. Apontou, ainda, a conscientização dos seus colegas magistrados, que lhe confiaram o voto, entendendo que seria oportuno indicá-lo para continuar na instituição.
Rui Ramos está na presidência do TRE desde junho passado, quando assumiu o cargo em substituição ao desembargador Evandro Stábile, que foi afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A permanência do magistrado como presidente da Justiça Eleitoral deverá ser confirmada em sessão plenária, a ser realizada no dia 13 de abril, quando se encerrará o biênio da atual gestão.
"Atribuo a minha votação ao momento e à consciência dos magistrados, que entenderam que o melhor seria nossa manutenção. Não foi uma surpresa, pois, quando me propus, claro que tinha a pretensão de ser escolhido, ninguém vai se candidatar para ser simplesmente figurativo", afirmou Rui Ramos. Ele foi indicado para a diretoria do TRE na quinta-feira (17).
Nos bastidores, a informação era de que Rui Ramos não seria indicado novamente, uma vez que existe uma tradição no Tribunal de Justiça de não reconduzir os gestores do TRE, escolhendo sempre membros que nunca atuaram na Justiça Eleitoral.
No ano passado, após Rui Ramos comunicar que tinha interesse na disputa, surgiram várias especulações. Uma delas é de que políticos mato-grossenses estariam articulando para que o magistrado não fosse indicado. A "moeda de troca" seria o Orçamento do Judiciário.
"Acompanhei, pela Imprensa, algumas colocações que foram feitas. Respeitei-as, mas, particularmente, nunca acreditei que isso pudesse estar ocorrendo. Reafirmo que jamais, em minha vida, imaginei todas aquelas notícias que envolveram o nome de autoridades do Estado. Não tenho nenhuma mágoa, faz parte do processo democrático, as coisas aparecem e, muitas vezes, são ditas sem nenhum fundamento", disse o magistrado.
Rui Ramos explicou que a sua recondução por um biênio, mesmo não sendo uma tradição no TJ, está prevista na Constituição Estadual. "Isso não é inédito. Na década de 90, tivemos membros que foram reconduzidos. Pode não ser comum, corriqueiro, mas as circunstâncias fazem com que a indicação seja o melhor caminho", afirmou.
Articulação no TRE
Rui Ramos afirmou que não fará nenhuma articulação para que seja reeleito presidente, deixando cada membro decidir de forma democrática quem irá escolher para comandar o TRE, no biênio 2011/2012.
"Meu nome está posto e o Tribunal escolherá, com toda a liberdade, assim como aconteceu no TJ. A votação com pouca diferença é natural e não farei nenhum tipo de trabalho de consenso em torno do meu nome, como acontece nas eleições para o Legislativo e Executivo", afirmou.
Desafios
Para o candidato à presidência do TRE, o maior desafio, nos próximos anos, é buscar a evolução da Justiça Eleitoral, resultando na melhoria do atendimento à população. Ele destacou que existem vários projetos em andamento e que os preparativos para a Eleição de 2012 já tiveram início em janeiro passado.
"A eleições são pré-fixadas e, então, não há como imaginar que tudo possa ser resolvido de uma hora para outra, na base de uma adaptação ou improvisação. As coisas começam com um plano de desenvolvimento para que, quando chegarmos em 2012, esteja tudo preparado", disse o magistrado.
Rui Ramos citou, ainda, a implantação da urna biométrica. Em Mato Grosso, uma fase de teste foi realizada no município de Campo Verde. Segundo o magistrado, nas próximas eleições, algumas cidades do Estado já terão essa nova tecnologia e as demais até 2018.
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