Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 08 de Setembro de 2013 às 07:45
Por: RODRIGO VARGAS

    Imprimir


Ao contrário do esperado, e do que prometia a Secopa, o ritmo das obras do VLT em Cuiabá e Várzea Grande diminuiu após o fim do período mais intenso de chuvas. 


Dados contidos no mais recente relatório de acompanhamento divulgado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) revelam uma queda acentuada no volume de medições nos meses de junho (1,6%) e julho (2,5%), em relação a maio (6,4%). 


Os números indicam que, se mantida a média do período de seca, no qual as condições para a evolução da obra são mais favoráveis, o cronograma atual teria de ser aditado até fevereiro de 2016, quase dois anos após o prazo original. 

Iniciada em 21 de junho do ano passado, a implantação do VLT fechou o período avaliado pelo tribunal com 37,98% de conclusão. O resultado é pouco mais da metade do que previa o cronograma para o dia 31 de julho: 68,99%. 

A falta de sinais de recuperação após as chuvas não ficou limitada ao VLT. Na lista das cinco obras mais atrasadas (que inclui o novo modal de transportes), outras duas tiveram redução nas medições no mesmo período: Viaduto da FEB e Complexo do Tijucal. 

Das 20 intervenções em andamento avaliadas pelo TCE, apenas uma não está atrasada: a restauração e duplicação da Avenida Arquimedes Pereira Lima, iniciada em abril passado e que atingiu 22,94% do contrato até julho. 

No restante, oito obras têm atraso de até 60 dias, sete apresentam atrasos entre 60 e 180 dias, e quatro apresentam atraso superior a 180 dias. 

"Observa-se que o ritmo atual de execução dos serviços precisa ser incrementado para a maioria das obras. É necessário que sejam estabelecidos cronogramas de recuperação de prazo", apontou o tribunal, em um trecho do relatório. 

DESAFIO 

Em entrevista ao Diário, o secretário Maurício Guimarães disse considerar “inadequado” avaliar o ritmo de uma obra com base em valores pagos em medições. 

“Há etapas de uma obra em que há muito trabalho e pouco gasto, como é o caso das escavações de trincheiras. Então se avança muito, com pouco volume de medições”, disse. 

Sobre as obras do VLT, o secretário admitiu ser “baixo” o percentual de 2,5% de avanço registrado em julho, mas descartou que haja riscos ao cronograma original.

“Essa obra nunca deixou de ser um desafio, mas, apesar dos atrasos, temos tudo sob controle e vamos manter a previsão de entrega para março de 2014”. 

Às vésperas do início de um novo período de chuvas, o secretário disse que o consórcio VLT Cuiabá já definiu suas “estratégias”. “Não precisaremos nos preocupar”. 





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/10180/visualizar/