Solidariedade tenta substituir violência em trotes
Criado como uma alternativa para as brincadeiras violentas e constrangedoras, o trote solidário passou a ser a única forma de recepção de calouros em muitas universidades do país.
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Taline Costa, 22, não teve o rosto sujo de tinta quando entrou para a Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo. Mesmo assim, não faltou tinta em sua recepção.
Divulgação
Alunos da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, pintam uma creche durante o trote solidário
No trote solidário organizado por seus veteranos, ela ajudou a pintar o muro de uma creche. Gostou tanto da iniciativa que hoje é uma das responsáveis pela escolha dos lugares beneficiados.
"A gente visita os locais ainda nas férias, vê do que precisam. Fazemos recreação, doamos material escolar, o que for preciso", conta.
Em algumas faculdades, o trote solidário é organizado pela própria instituição. É o caso das Fatecs (Faculdade de Tecnologia de SP), onde a integração dos calouros envolve arrecadação de alimentos e brinquedos, destinados a comunidades carentes.
Na Fiap, também em SP, a solidariedade busca promover a saúde: os novos alunos são incentivados a se cadastrar como doadores de medula óssea. A campanha é feita em parceria com a Ameo (Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo).
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