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Internacional
Quarta - 16 de Fevereiro de 2011 às 00:02

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O rei belga Albert 2º deu nesta quarta-feira um prazo de duas semanas ao mediador Didier Reynders, ministro das Finanças interino, para que encontre uma solução ao impasse político que se arrasta há oito meses, impedindo a formação de um novo governo no país, o que já rende dívidas e protestos da população.

"O rei estendeu o mandato para permiti-lo completar e detalhar seu relatório", afirmou o palácio em comunicado.

Reynders deve se reportar novamente ao palácio no dia 1º de março.

Esta é a mais recente de uma série de medidas que o monarca tenta implementar, sem sucesso, ao longo dos últimos oito meses.

Antes de nomear Reynders como mediador da crise entre os flamengos e valões francófonos, dois grupos étnicos e facções políticas que não chegam a um acordo para formar uma coalizão de governo, Albert 2º já encarregou seis missões de "conciliação", "mediação", "pré-formação", "esclarecimento" e "informação", para tentar uma solução à crise.

A missão que chegou mais longe foi a do senador socialista Johan Vande Lanotte, que tinha conseguido reunir as duas partes em torno do próprio texto, uma nova lei de financiamento que comportaria a modificação da Constituição, mas que ajudaria a redefinir o sistema federal e, em consequência, permitiria a formação de um novo governo.

No entanto, esse documento não alcançou o consenso depois que vários partidos flamengos pediram para regionalizar as competências de saúde, e assim Vande Lanotte apresentou sua renúncia no dia 26 de janeiro.

GREVE DE SEXO

Ainda na semana passada uma senadora belga fez um apelo por uma "greve de sexo" de caráter nacional até que os líderes políticos cheguem a um acordo para formar um novo governo --oito meses depois de iniciada a pior crise institucional da história da Bélgica.

A senadora socialista Marleen Temmerman surpreendeu os belgas com a excêntrica proposta de abstinência sexual em um momento em que a população mostra-se cada vez mais preocupada com a unidade do país. Ela pede aos dirigentes flamengos e francófonos que "deem fim ao vácuo de poder".

No final de janeiro, na Bélgica, 35 mil pessoas foram às ruas para expressar a "vergonha" que tinham de seus líderes.

As diferenças entre flamengos e valões francófonos, as duas principais comunidades do país, fazem com que a Bélgica esteja há oito meses sem governo.






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