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Agronegócios
Sábado - 07 de Setembro de 2013 às 17:37

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Com o intuito de contribuir com a gestão de propriedades cafeeiras, o Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolveu o Programa de Apoio à Gestão (GEA). O projeto é inovador e fornece, por meio de relatórios periódicos, informações essenciais para o gerenciamento das propriedades produtoras de café, como custo de produção da saca do produto, custos com mão de obra, máquinas e insumos por talhão e por hectare e margem de contribuição (global, por hectare e talhão produtivo) e o benchmarking (metas de melhoria) dos cafeicultores.


 
Com o preço do café abaixo do ideal, os cafeicultores têm sido pressionados por margens de lucros recorrentemente pequenas, já que os custos de produção aumentaram e a receita com a venda do café diminuiu. Para solucionar esse problema e reduzir os riscos da gestão é essencial que a propriedade cafeeira possua aparatos administrativos que possibilitem a resolução de problemas e o alcance da eficiência na alocação dos recursos.

 
 
O coordenador geral do CIM e professor do Departamento de Administração e Economia da UFLA, Luiz Gonzaga Castro Júnior, destacou os principais objetivos do programa, que englobam a gestão de custos, gestão da propriedade e a identificação das soluções.


 
“O objetivo é socializar a gestão de custos aos produtores de café contribuindo com a competitividade da cafeicultura mineira. O GEA é um projeto inclusivo onde todos os produtores podem participar. A ideia é propiciar a gestão das propriedades por meio das informações geradas e fazer também com que os produtores atinjam a melhoria contínua de desempenho, ou seja, a capacidade de identificar as causas dos problemas e implementar soluções”, explicou.


 
Desde 2009 cerca de 200 propriedades vêm sendo gerenciadas por meio do GEA. Os bons resultados fizeram com que uma parceria entre a Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o CIM tivesse início para que o GEA fosse incorporado ao programa Certifica Minas Café do governo do estado de Minas Gerais.


 
Já no ano de 2011, um projeto piloto na Unidade Regional da Emater-MG de Lavras foi implementado e 100 propriedades, distribuídas em 12 cidades, tiveram acesso ao GEA. A avaliação positiva dos técnicos e cafeicultores fez com que a coordenação do Certifica Minas ampliasse o GEA para todo o corpo técnico do programa, visando atingir produtores de todas as regiões de Minas Gerais.


 
O coordenador espera ainda que na safra 2013/14 quatrocentos produtores sejam inseridos, e que no curto prazo, a totalidade das propriedades certificadas integrem o programa. Com o GEA, o Certifica Minas Café, que se configura como um programa modelo de política vinculada ao setor produtivo, disponibilizará uma importante ferramenta ao produtor.


 
Além disso, com agregação das informações das propriedades em níveis de gestão do Certifica Minas (municípios, regiões, mesorregiões, estado) serão gerados indicadores econômicos, tecnológicos e sociais com o objetivo de auxiliar na elaboração de políticas públicas para a cafeicultura.


 
Cada nível de gestão terá informações como rentabilidade da cafeicultura, custos médios de fatores de produção, nível de utilização de mão de obra, níveis tecnológicos empregados, mapa de deficiências, previsão e acompanhamento da produção, além do benchmarking (metas de melhoria) entre propriedades, municípios e regiões.


 
Os gestores do Certifica Minas terão indicadores que demonstrarão a situação da cafeicultura no estado quanto à utilização dos recursos produtivos e a geração de renda. Isso propiciará decisões acertadas na formulação de políticas ligadas ao setor.





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