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Polícia Brasil
Terça - 15 de Fevereiro de 2011 às 03:14

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A Justiça do Rio concedeu, na última quinta-feira (10), liberdade à professora de matemática Cristiane Barreiras, 33. Em janeiro, ela foi condenada a 12 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, por estupro de vulnerável.

Cristiane dava aula numa escola municipal em Realengo, zona oeste do Rio, e foi condenada por ter mantido um relacionamento com uma aluna de 13 anos.

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio acolheu voto do relator, desembargador Paulo de Oliveira Baldez, e concedeu habeas corpus. Os desembargadores entenderam que a prisão em flagrante foi ilegal.

Segundo o Tribunal, após receber a visita da menina, Cristiane foi convidada a comparecer à delegacia de polícia. Chegando lá, acompanhada da jovem, ela foi comunicada da prisão.

Na condenação em janeiro, a Justiça tinha decidido que a professora não poderia apelar em liberdade. A professora está presa em Bangu 8.

O alvará de soltura foi expedido na sexta-feira (11). Segundo a defesa da professora, ela deve deixar a prisão na terça-feira (15).

CASO

Na época da prisão, a polícia informou que localizou a professora após denúncia da mãe da garota. O delegado titular da 33ª DP (Realengo), Angelo Jose Lages Machado, afirmou que a professora havia confessado o crime.

"Se caracterizou prisão em flagrante porque a professora confessou o crime e a menina também. Os depoimentos são iguais. Elas estavam dormindo juntas desde segunda-feira (25 de outubro) no carro da educadora", disse o delegado em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, em novembro do ano passado.

Segundo ele, ao denunciar que a filha estava desaparecida , a mãe disse que "que a menina falava muito com essa professora por telefone e pelo MSN".

A mãe da adolescente disse que chegou a fazer uma reclamação contra a professora com a direção da escola, mas a unidade apenas transferiu a funcionária.

A Secretaria Municipal de Educação informou, em nota, que a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, assim que tomou ciência do caso, em 9 de setembro do ano passado, instaurou uma sindicância para apurar os fatos e determinou o afastamento da professora da escola.

Na sentença de condenação, o juiz afirmou que a acusada não negou ter vivido um relacionamento com a menor e que os encontros ocorriam em um motel e no carro da professora. À Justiça, a aluna declarou que "sentia um grande amor pela acusada" e que pretendia viver com a professora para toda a vida.

Em dezembro, a advogada da professora, Vanuce Barros, afirmou que a cliente havia dito em depoimento no Fórum de Bangu que havia se arrependido do crime e que, se houvesse uma autorização judicial, sairia do Estado para evitar contato com a menor.






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