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Internacional
Segunda - 14 de Fevereiro de 2011 às 14:26

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Dylan Martinez -8.fev.11/Reuters
Executivo do Google Wael Ghonin; companhia deve ter cuidado para não ser prejudicada, dizem analistas
Executivo do Google Wael Ghonin; companhia deve ter cuidado para não ser prejudicada, dizem analistas

Um executivo do Google que se tornou um herói da revolução egípcia vale ouro para as relações públicas da empresa, mas analistas afirmam que a companhia deve ter cuidado para não exagerar a mão.

O executivo de marketing Wael Ghonim, do Google, se tornou a face pública da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak, que entregou o poder para o Exército na sexta-feira.

Ghonim foi detido pelas Forças de Segurança e ao ser libertado manteve seu protesto pela renúncia de Mubarak.

Quando o acesso à internet foi cortado no Egito durante a fase inicial dos protestos, os engenheiros do Google trabalhando em conjunto conseguiram uma forma de permitir que os egípcios usassem o Twitter, discando um número de telefone e deixando uma mensagem de voz.

Apesar da associação da empresa com os eventos no Egito, o Google ainda não fez comentários sobre a agitação política no país. Em vez disso, concentrou-se em valores em torno da liberdade de informação e da internet.

"Estamos muito orgulhosos de ver o pessoal do Google tomar uma posição sobre essas questões", disse a porta-voz Jill Hazelbaker, na sexta-feira quando questionada sobre Ghonim.

O episódio tem sido positivo para a empresa. "Isso vai dar ao Google um pouco de publicidade positiva", disse Rosabeth Kanter, da Harvard Business School. Mas ela acrescentou: "Eles têm que ser cuidadosos."

Consumidores e empresas amam as ferramentas de comunicação que o Google oferece e mantém, mas governos menos democráticos podem ver o Google como uma ameaça. "O Google não será o site de buscas escolhido por eles", disse ela.

"[Em tese] você vai lá para vender produtos e serviços, você não vai lá para derrubar o regime."

Os laços de Ghonim com o Google e com a internet tornaram-se parte de sua imagem e seu apelo.

"Eu sempre disse que se você quiser libertar uma sociedade, é só dar-lhe a internet", disse Ghonim em uma entrevista à CNN na sexta-feira.

Ele ajudou a criar uma página no Facebook dedicada às vítimas da brutalidade policial, o que ajudou a desencadear os protestos.

Ferramentas da internet, redes sociais como Facebook e Twitter tiveram um papel decisivo na revolta egípcia, ajudando a organizar e a informar os manifestantes.

Mas o Google tem feito um progresso irregular em termos do cumprimento do objetivo "Não seja malvado."

A empresa assumiu uma posição pública contrária à censura na China e se retirou parcialmente do território no ano passado, redirecionando internautas para seu site em Hong Kong.

Mas a empresa censurou seus próprios resultados de busca na China por vários anos antes de transferir o serviço de pesquisa on-line para Hong Kong.






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