Líder em genômica não espera avanços com mapeamento de genes
Uma das maiores referências na pesquisa do genoma humano, Eric Green aconselha o meio científico a baixar as expectativas sobre os avanços que podem surgir em decorrência do mapeamento do genoma humano. Levará anos para aproveitar toda informação obtida até o momento, diz.
Dez anos depois do surgimento do sequenciamento completo do genoma humano, a medicina não se transformou. E ninguém poderia antever isso, argumenta Green, do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (EUA), que antes era um dos que apostavam em grandes descobertas.
Ele diz que há uma sobrecarga que atrapalha a pesquisa científica. "Nossa capacidade de gerar informação superou nossa capacidade de analisá-la", diz. "A tecnologia avançou tão rápido, que agora nos deparamos com esse problema."
Green acredita que a genômica --estudo do genoma humano-- ainda vai gerar um grande achado que beneficiará os seres humanos. Mas levara mais uma década para se absorver todos esses dados, aplicá-los em humanos e a doenças, e mudar os tratamentos existentes, como para a cura do câncer.
O artigo completo está nas revistas "Nature" e "Science" desta semana pelo décimo aniversário do sequenciamento do genoma humano.
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