A Estácio de Sá, do Grupo de Acesso, abriu a noite de ensaios técnicos.Apesar de vaias, Mangueira mostrou técnica e qualidade no samba.
Mocidade lembra escolas afetadas por incêndio em ensaio na Sapucaí
Portela, Grande Rio e União da Ilha contem com a Mocidade. Tá todo mundo aí!”. Foi assim que a Mocidade Independente de Padre Miguel começou o seu último ensaio técnico, na noite deste domingo (13), na Marquês de Sapucaí, no Rio. A verde-e-branca homenageou as três escolas que foram atingidas por um incêndio na Cidade do Samba, na segunda-feira (7).
Com direito a carro alegórico e chuva de papel picado, a comunidade de Padre Miguel mostrou que está forte na briga pelo título de campeã do carnaval carioca deste ano. Sob o comando do mestre Bereco, a bateria foi destaque da noite.
“Tivemos um dia triste para o carnaval. Portela, União da Ilha e Grande Rio, a Mocidade está com vocês. Tenho certeza de que vocês vão se recuperar. Eu quero pedir garra, força e dedicação à nossa escola. Esse ensaio de hoje é uma homenagem às nossas co-irmãs”, disse Paulo Vianna, presidente da Mocidade.
As homenagens não pararam por aí. A Mocidade levou para a Avenida um carro alegórico com os escudos das três escolas de samba homenageadas. Antes do samba-enredo – considerado um dos melhores da safra deste ano – os intérpretes Nêgo e Rhichahs cantaram o samba de esquenta e estremeceram as estruturas do Sambódromo.
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Com faixas, União da Ilha emociona o público em último ensaio na Sapucaí“Ficamos muito chocados com as imagens que vimos na televisão. Foi triste ver todo aquele trabalho perdido, todo aquele fogo, aquela fumaça, porque a gente sabe o trabalho que as comunidades tiveram durante um ano inteiro. Mas fico feliz em ver a minha Mocidade fazendo essa homenagem linda, justa”, declarou a dona de casa Regina Célia dos Santos, de 52 anos.
No sábado (12), foi a vez da São Clemente e da União da Ilha realizarem o seu último ensaio técnico na Sapucaí. A comissão de frente da São Clemente, formada por 15 bailarinos, se apresentou com bicicletas e até com uma prancha de surf. Já a União da Ilha levou faixas de agradecimento e emocionou o público que lotou as arquibancadas.
Estácio leva rosas para a Avenida
A Estácio de Sá, do Grupo de Acesso, abriu a noite de ensaios. Com defumadores, as baianas abriram o caminho para a escola, que entrou na Avenida com mais de 40 minutos de atraso. O intérprete Leandrinho mostrou a força do samba composto por Luiz Sapatinho, Paulinho Pintor, Regina, Fábio Bomba, Jair Guedes, Leandro Santos e César Nascimento.
A escola vai apostar nas rosas para voltar à elite do carnaval carioca. A bateria conseguiu levantar o público ainda tímido que chegava ao Sambódromo. À frente dos ritmistas, estava a rainha Shayene Cesário, que foi rainha do carnaval do Rio em 2010.
Torcidas organizadas
Mocidade e Mangueira são sinônimos de casa cheia. De ponta a ponta, o Sambódromo foi palco de diversas expressões de amor e apoio às escolas de samba. A Mocidade foi ovacionada por torcedores da “Independentes Mocidade”, que estenderam uma grande faixa no setor 3. O carnavalesco Cid Carvalho veio à frente das baianas de Padre Miguel.
A comissão de frente, sob comando de Jorge Texeira, era composta apenas por rapazes. Eles apresentaram parte da coreografia que será mostrada no desfile oficial. Jorge está no seu segundo ano consecutivo na Mocidade. A passagem do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cristiane Caldas e Fabrício Pirez, prendeu a atenção da plateia e arrancou aplausos calorosos de todos os setores.
Sambódromo foi palco de diversas expressões de amor às escolas de samba
A Mangueira fechou a noite de ensaios na Sapucaí com uma “saia-justa”: o presidente da verde-e-rosa, Ivo Meirelles, recebeu vaias do público ao falar da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal, e da construção de uma nova quadra para a escola. Apesar disso, a agremiação mostrou técnica, qualidade no samba e boa bateria.
O show também veio do casal de mestre-sala e porta-bandeira Raphael e Marcella, que soube unir velocidade, dança e dedicação ao pavilhão. Comandada pelo mestre Jaguara Filho, a bateria provou que está preparada para conquistar todas as notas máximas.
Sexta colocada no carnaval de 2010, a Mangueira promete emocionar o público com uma homenagem ao sambista Nelson Cavaquinho. O público que lotou as arquibancadas gostou do que viu: “A Mangueira é uma nação”, disse a médica Vera Lúcia Maia.
Mestre-sala e porta-bandeira da Mangueira:Raphael e Marcela
Em poucos minutos, a passarela foi colorida de verde e rosa pelos mais de 3 mil componentes que deram conta do recado até o fim da apresentação. Mangueirense assumida, a cantora Rosemary não escondeu a emoção de participar do último ensaio da escola na Sapucaí. "Eu estou muito feliz. Meu coração é verde e rosa e a Mangueira é a minha segunda casa", disse.
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